Santos FC perde uma longa invencibilidade ao ser goleado em Penápolis

Lembram-se da invencibilidade do Santos no Paulistão? Pois é. Agora é só recordação. Assim como o bom futebol do Peixe que sumiu sem qualquer cerimônia diante da marcação eficiente e contra-ataques mortais do Penapolense. Ou talvez nem tenha viajado tamanha a apatia em progressão geométrica vista no Alvinegro, goleado por 4 a 1 com absoluta justiça no Estádio Tenente Carriço, em Penápolis. O Santos, no entanto, segue líder do Grupo C, com 19 pontos. Até porque o São Bernardo, vice da chave, não alcançaria o Peixe de jeito nenhum – está, agora, cinco pontos atrás por ter empatado sem gols com o Comercial, em Ribeirão Preto. O próximo desafio do Alvinegro no Estadual é o Atlético Sorocaba, quinta-feira, às 19h30, na Vila Belmiro. O Penapolense não é nenhuma revolução no futebol. Mas é um time que sabe fechar os espaços do adversário com perfeição, segurou-se com a vantagem nas mãos e ainda teve a capacidade de ampliar, depois da expulsão de Gustavo Henrique, aos 23 minutos do segundo tempo. Simples assim. O que era ruim ficava pior a cada instante para o Santos, que tentava encontrar por onde atuar – e não conseguia. O prenúncio de algo estranho à vista já surgiu em Leandro Damião na área. Só que a defensiva do Peixe. E, pior para ele, tentando fazer o que não sabe. Ao dar uma de zagueiro, derrubou Douglas Tanque. Na cobrança do pênalti, Guaru abriu o placar. Ofensivamente, Leandro Damião também não foi nada bem. Se a bola não chegou até o atacante no primeiro tempo, também não demonstrou disposição de ir atrás da redondinha. Na etapa final até foi mais acionado, porém nada que tenha comovido a torcida santista e, por consequência, não acabou com o jejum que já dura três partidas. Pior fez Cícero. Um desaparecido em nível profissional. E não é a primeira vez. Verdade que o meia empatou o jogo nos últimos minutos, após aproveitar de cabeça a falta cobrada por Geuvânio, outro que disse pouco a que veio. Nem isso, porém, serviu para mudar a postura apática dele. Exigir valorização fica cada vez mais difícil para Cícero. Até porque precisa recuperar o futebol da última temporada. O Peixe pressionou o Penapolense no segundo tempo e naturalmente teve mais oportunidades. A equipe do Interior ficou atrás para garantir o que parecia já um feito incrível. E com um golaço, fruto da tranquilidade e solidariedade de Guaru. Após receber de Alexandro na grande área, ele, em vez de chutar, tocou para Douglas Tanque concluir e festejar. Na ânsia de empatar, com todos na frente, um a menos (e zagueiro) e com o ataque completamente trocado, o Santos abriu-se completamente e sofreu dois contra-ataques. Petros e Alex Créu definiram uma goleada do tamanho da letargia que foi aumentando no Peixe. Não é o fim do mundo. Mas não custa ficar de olho. Equipe comandada por Oswaldo de Oliveira teve uma apresentação muito fraca e acabou goleada no interior tFICHA TÉCNICA: PENAPOLENSE 4 X 1 SANTOS PENAPOLENSE - Samuel; Rodnei, Jaílton, Gualberto e Rodrigo Biro; Petros, Liel, Guaru (Phil) e Washington; Douglas Tanque (Neto) e Alexandro (Lucas). Técnico - Narciso. SANTOS - Aranha; Cicinho, Neto, Gustavo Henrique e Mena; Arouca, Alan Santos e Cícero; Geuvânio (Rildo), Thiago Ribeiro (Gabriel) e Leandro Damião (Stéfano Yuri). Técnico - Oswaldo de Oliveira. GOLS - Guaru, de pênalti, aos 9, e Cícero, aos 44 minutos do primeiro tempo. Douglas Tanque, aos 6, Petros, aos 39, e Alexandro, aos 41 minutos do segundo tempo. ÁRBITRO - José Claudio Rocha Filho. CARTÕES AMARELOS - Mena e Alan Santos. CARTÃO VERMELHO - Gustavo Henrique e Petros. RENDA - R$ 219.125,00. PÚBLICO - 6.353 pagantes. LOCAL - Estádio Tenente Carriço, em Penápolis. Ted Sartori