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VITÓRIA POR 1X0 E AVANÇO NA COPA DO BRASIL

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Santos vacila e perde do Figueirense

Aloísio comemora o primeiro gol do Figueirense na vitória sobre o Santos (Foto: Eduardo Valente/Mafalda Press)
Tamanha foi a festa após conquistar a América pela terceira vez em sua história que, uma semana depois, o Santos continua de "ressaca" no Brasileirão. Desfalcado de suas principais estrelas, o Peixe não teve forças para segurar o ímpeto do arrumado Figueirense e acabou derrotado, por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Orlando Scarpelli.
Sem Elano, Ganso e Neymar, o futebol campeão da Copa Libertadores parecia ter viajado à Argentina para servir a Seleção Brasileira. Mal na armação e inofensivo na finalização, o Santos foi presa fácil para o Figueirense, que marcava bem no meio e mantinha os laterais constantemente acionados na frente. O atacante Aloísio, oportunista, marcou os dois gols catarinenses. Rychely diminuiu para o Peixe.

Com o resultado, o Santos continua em situação delicada na tabela do Brasileiro, e é somente o 16º colocado, com cinco pontos (uma posição à frente do rebaixamento). Com duas partidas a menos que a maioria das equipes, o Peixe pode entrar na zona da degola caso o Coritiba vença o Ceará, nesta quinta-feira, em Coritiba.

O Figueirense, surpresa deste Nacional, chegou a 13 pontos e assumiu a 4ª colocação. Assim como o São Paulo em 2005, o Fluminense em 2009, o Internacional em 2010 e outros ex-finalistas da Libertadores, o Santos vive a sina dos maus resultados e perdeu a segunda no Brasileiro. Em casa, o Figueirense manteve seu 100% de aproveitamento. Se Muricy quiser seu quinto título Nacional, terá que explicar a seus comandados que o Mundial é só em dezembro.

RESSACA DE CAMPEÃO

Homenageado antes do apito inicial - por ter treinado o Figueirense antes de assumir o Internacional-RS, em 2002 - o técnico Muricy Ramalho agradeceu o carinho do time catarinense com acenos e bom humor. O sorriso, entretanto, durou pouco. Assim que a bola rolou, o Figueirense fez questão de mostrar que o respeito ao grande campeão da Liberta ficaria fora do gramado.

E justamente um dos melhores jogadores em partidas decisivas da competição sul-americana, Adriano entregou o ouro (tão explorado pelos antigos conquistadores da América) logo de início. Aos quatro minutos, o volante matou no peito e ajeitou para... Aloísio! O atacante do Figueirense agradeceu o presente mandou de fora da área para abrir o placar.

Mas que desrespeito com a festa santista! Durou pouco a alegria... Na jogada seguinte, aos seis minutos, o lateral Alex Sandro (que se destacava na marcação pela setor esquerdo e já havia salvado outro gol catarinense) encontrou Rychely bem colocado dentro da grande área. O atacante girou e fuzilou o goleiro Wilson. Uma pena que o gol de empate foi um "acidente" no marasmo santista da primeira etapa.

Com o peso da camisa 10 de Pelé e Ganso nas costas, Roger estava longe da qualidade de seus antecessores e falhava em distribuir as jogadas no meio. Brigador, porém isolado, o oportunista Borges não teve uma boa chance sequer. Nesse ritmo, o domínio do Figueira logo mudou o lado da festa. Aos 31 minutos, depois de muito insistir, Aloísio (de novo!) foi oportunista. Héder lutou entre os zagueiros do Peixe e a bola sobrou no pé do goleador, que só tirou do alcance de Rafael. E o Santos - não aquele campeão - desceu para o intervalo decepcionado.

MELHOROU, MAS NÃO CHUTOU...

É, estava feia a coisa para o Santos. Na volta ao intervalo, mesmo com Felipe Anderson no lugar de Roger, quem continuava com empolgação de campeão era o Figueirense. Aos cinco minutos, Edu Dracena - que uma semana atrás levantava a taça sonhada por 10 entre 10 jogadores de futebol - tentou cortar e entregou para Héber. Sem goleiro e para a sorte santista, o atacante perdeu.

Quando as coisas começaram a melhorar, o ritmo do jogo caiu. O Santos passou a rondar a área adversário com mais frequência, mas pouco finalizava e o marcador seguia parado, em oposição ao relógio. De longe, Borges até arriscava, mas era bloqueado pelo arrumado time do Figueirense. Durval, de cabeça, também assustava nas cobranças de bola parada. Mas a muralha do Figueira estava montada e preparada para os contra-ataques.

O Figueirense, com rapidez e paciência, seguia assustando. Túlio, de longe, obrigou Rafael a fazer grande defesa para impedir o terceiro gol - em uma das poucas boas chances da segunda metade. Pelas laterais, os donos da casa criavam boas jogadas e Bruno dava muito trabalho à marcação. No Peixe, as entradas dos jovens Tiago Alves e Renan pouco fizeram efeito. No fim das contas, a vitória por 2 a 1 estava de bom tamanho para o Figueirense. E ficou de bom tamanho para o Peixe...

O time da Vila Belmiro volta a campo no próximo sábado, contra o América-MG, no Pacaembu. O Figueirense joga de novo só na próxima quinta-feira, contra o Coritiba, no Couto Pereira.

FICHA TÉCNICA:
FIGUEIRENSE 2 X 1 SANTOS

Estádio: Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC)
Data/hora: 29/6/2011 - 21h50
Árbitro: Márcio Chagas da Silva (RS)
Auxiliares: Julio César Rodrigues Santos (RS) e Marcelo Bertanha Barison (RS)
Renda e público: 60.005,00 / 5.322 pagantes
Cartões amarelos: Edson Silva (FIG); Edu Dracena (SAN)
Cartões vermelhos: -
GOLS: Aloísio, 4'/1ºT (1-0); Rychely, 6'/1ºT (1-1); Aloísio, 31'/1ºT (2-1)

FIGUEIRENSE: Wilson; Bruno, João Paulo, Edson Silva (Roger Carvalho, 8'/2ºT) e Juninho; Ygor, Maicon, Túlio e Fernandes (Rhayner, 18'/2ºT); Aloísio (Coutinho, 38'/2ºT) e Héber. Técnico: Jorginho.

SANTOS: Rafael; Pará (Tiago Alves, 22'/2ºT), Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Adriano, Arouca, Danilo e Roger (Felipe Anderson, Intervalo); Rychely (Renan, 37'/2ºT) e Borges. Técnico: Muricy Ramalho.






sábado, 25 de junho de 2011

TRAJETÓRIA




Expectativa, sofrimento, alívio, medo, alegria... Sobretudo, a alegria.

O santista viveu todos os sentimentos possíveis na dura caminhada do time na Libertadores.

Mas com o tri garantido quem se importa? Agora é hora de comemorar. A caminhada do Peixe rumo ao tricampeonato sul-americano. Confira e comemore!



01 A estréia (15/2) Após dois anos sem disputar a Copa Santander Libertadores, o Peixe retornou à competição neste ano. Porém, o início santista não foi dos melhores e deixou o torcedor alvinegro preocupado. Na primeira partida, contra o Deportivo Táchira, na Venezuela, o placar não saiu do zero.

Na partida seguinte, mais um empate, desta vez na Vila Belmiro, contra o Cerro Porteño (PAR), por 1 a 1.

Os tropeços complicaram a situação do time no Grupo 5 do torneio sul-americano e custaram a saída do técnico Adilson Batista do comando da equipe.
02 Ganso volta, mas Peixe perde e fica próximo da eliminação (16/3) Depois de seis meses longe dos gramados, recuperando-se de uma cirurgia no joelho, Paulo Henrique Ganso voltou a vestir a sagrada camisa 10 alvinegra. 

Entretanto, em sua primeira partida pela Libertadores, o meia não conseguiu evitar a derrota santista por 3 a 2 para o Colo Colo, no Chile, e viu o risco de eliminação precoce do Peixe crescer. 

Em três partidas, o Peixe tinha apenas dois pontos e a "corda no pescoço"...

03 Sobrevida sob os olhares de Muricy (6/4) Contra o Colo Colo (CHI), na quarta-rodada da primeira fase, uma derrota santista poderia custar o fim do tão sonhado tricampeonato da Libertadores. Sob os olhares do recém-contratado Muricy Ramalho, que assistiu ao jogo das tribunas da Vila Belmiro, o Peixe venceu os chilenos de forma dramática, por 3 a 2. 

Porém, os Meninos da Vila perderam a cabeça. Neymar, Zé Eduardo e Elano foram expulsos, o Colo Colo marcou duas vezes e quase empatou no final. Após o sufoco, enfim, o Santos alcançou o primeiro triunfo na competição. Mas era preciso mais..
04 Ressurgimento (14/4) O jogo contra o Cerro Porteño, na quinta rodada da primeira fase, era como uma final para o Santos, já que, se perdesse, estaria eliminado. Sem Neymar, Elano e Zé Eduardo, toda a responsabilidade caiu sobre Paulo Henrique Ganso. 

E ele resolveu. Ao lado de Maikon Leite, Danilo e Arouca, o meia fez uma grande partida, digna da camisa 10 que vestiu, e comandou a vitória santista por 2 a 1. Em pleno aniversário de 99 anos do clube, o Peixe ressurgia na Libertadores.




05 Casa cheia e vaga garantida (20/4) O Peixe garantiu vaga nas oitavas de final da Libertadores apenas na última partida da primeira fase. Contra o Deportivo Táchira (VEN), o Santos subiu a Serra para atender à sua torcida da capital e jogou no Pacaembu. 

Com direito a casa cheia e recorde de público do estádio no ano até então (mais de 36 mil pagantes), o Alvinegro não teve grandes problemas para vencer os venezuelanos por 3 a 1, carimbando a vaga para a fase final do torneio sul-americano.
06 Rafael brilha e, no sufoco, vaga nas quartas é garantida (3/5) Sob os olhares de Pelé, o Santos venceu o América-MÉX por 1 a 0 no primeiro jogo das oitavas de final, na Vila Belmiro. 

Porém, apesar da vantagem o Peixe passou sufoco na partida da volta. 

Jogando na altitude mexicana, o Alvinegro tomou pressão e foi salvo por uma atuação primorosa do goleiro Rafael. Em noite de Ganso e Neymar apagados, o camisa 1 brilhou fazendo defesas milagrosas e garantiu a classificação para as quartas.

07 Sem Ganso, Joia brilha na hora H (Quartas e Semi) Com a lesão de Ganso no primeiro jogo da final do Paulistão, Neymar teve de assumir o papel de grande craque do Santos. E, mesmo com apenas 19 anos, o garoto chamou a responsabilidade e foi decisivo quando o Santos mais precisou. 

Nas quartas de final, contra o Once Caldas (COL), a Joia teve duas brilhantes atuações. No primeiro jogo, na Colombia, deu assistência para Alan Patrick fazer o gol da vitória e, no jogo da volta, fez o seu no empate em 1 a 1. 

Na fase seguinte, contra o Cerro Porteño (PAR), Neymar também resolveu para o Peixe. Após linda jogada, fez o cruzamento para o gol de Edu Dracena, que garantiu a vitória no jogo de ida, no Pacaembu. Na segunda partida, em Assunção, foi o melhor em campo, tendo participado dos três gols da equipe no empate em 3 a 3, que garantiu a vaga na final. Depois de oito anos, o Santos voltava à decisão da Libertadores.

08 Um vulcão no meio do caminho Antes da viagem ao Uruguai para o primeiro jogo da final contra o Penãrol, o Santos enfrentou um adversário extra: o vulcão chileno Puyehue. 

Devido as cinzas expelidas pelo vulcão, o aeroporto de Montevidéu foi fechado na segunda-feira que antecedeu a partida. Com o espaço aéreo fechado, o Peixe chegou a pensar em viajar de ônibus e até o adiamento da decisão foi cogitado. 

Mas, em uma operação especial, que envolveu até a troca de voo com torcedores santistas e a escolta do aeronave que levava a delegação, o elenco conseguiu viajar na véspera da final.
09 A final (15 e 22/6) Reeditando a decisão da Libertadores de 1962, Santos e Peñarol fizeram duas emocionantes e equilibradas partidas na final, dignas das histórias destas duas tradicionais camisas do futebol mundial. 

No primeiro jogo, apesar de as duas equipes terem criado diversas chances de gol, o placar terminou em branco. 

Mas, na finalíssima, no Pacaembu, a raça do time carbonero não resistiu ao talento dos Meninos da Vila e, 48 anos depois do último título da Libertadores, o Peixe sagrou-se tricampeão do torneio!

10 Ô, Barcelona, pode esperar, a sua hora vai chegar! Com o título da Libertadores, o Santos se credenciou para disputar o Mundial de Clubes da FIFA, em dezembro, no Japão. Assim, o tão esperado duela entre Neymar x Messi pode, finalmente, acontecer no dia 18 dezembro, data da final da competição. 

Após conquistar a América, agora o Peixe quer pintar o mundo de branco e preto! Se cuida, Barça !














quinta-feira, 23 de junho de 2011

É TRI

MENINOS DA VILA VENCEM O PEÑAROL E DÃO A PRIMEIRA LIBERTADORES DESDE A ERA PELÉ
Foto: Reuters

Depois de 48 anos, o santista pôde usar do benefício de ter Neymar, Ganso e companhia em seu time para celebrar um título de Libertadores. Os Meninos da Vila, agora sob o comando de Muricy Ramalho, venceram o Peñarol por 2 a 1 no Pacaembu, nesta quarta-feira, e fizeram do clube tricampeão do principal torneio do continente.

Para repetir o feito obtido no bicampeonato dos tempos de Pelé em 1962 e 1963, o Peixe que faz sucesso no século XXI precisou administrar seus nervos. Depois de ficar no 0 a 0 em Montevidéu, o Peixe teve 45 minutos para conseguir encaixar seu passe. No segundo tempo, enfim balançou as redes uruguaias com gols de Neymar, aos dois, e Danilo, aos 24 minutos.

Para aumentar o nervosismo, Durval ainda acabou marcando um gol contra aos 35. A geração que já foi bicampeã paulista e da Copa do Brasil, contudo, conseguiu segurar a vitória suficiente para levar a taça da Libertadores da América à Vila Belmiro. Troféu bem colocado, por novos e talentosos pés, que agora podem encontrar o Barcelona no Mundial de Clubes, no Japão, em dezembro.

Foto: Reuters

O jogo - Grande novidade e esperança santista, Paulo Henrique Ganso foi vítima da surpreendente estratégia do Peñarol no início do confronto. Dono da saída de bola, o time uruguaio adiantou sua marcação a ponto de ficar os primeiros minutos no campo adversário mesmo sem bola. Nesta pressão, fez com que o meia errasse seu primeiro domínio e primeiro passe na intermediária defensiva.

Mas o ocorrido não passou de um susto. O Peñarol, como prometeu, não abdicou de sua estratégia, logo se posicionando para o desarme atrás do meio-campo. E muito menos o camisa 10 esqueceu de sua principal característica. Logo Ganso colocou a bola no chão e a tocou com a precisão de sempre. A partida, então, já estava sob controle do Santos.

Torcida do Santos fez uma linda festa no Pacaembu (Foto:Nacho Doce/Reuters)


Se Neymar chegou a atravessar o campo para tentar tirar a bola dos uruguaios nos primeiros minutos, logo pôde se posicionar nas costas de seus marcadores para receber a bola vinda de Ganso. Tudo ficou mais tranquilo quando os comandados de Muricy Ramalho conseguiram respirar e colocar em prática a estratégia do treinador.

Com Elano em sua posição original, pela direita, a saída de bola tinha mais qualidade. Além disso, Arouca estava livre para aparecer como surpresa na frente. Os laterais Danilo e Léo também podiam avançar sem problemas, em uma tática que parecia ideal para anular as duas linhas de quatro defensivas do Peñarol. E sempre havia alguém ao lado de Edu Dracena, Durval e Adriano para marcar Juan Olivera, Martinuccio e, de vez em quando, Mier.

A falha ofensiva do Peixe estava em Danilo, visivelmente nervoso e inseguro para subir. Mas o time soube compensar. Alejandro González, um defensor posicionado como lateral direito, estava colado, perseguindo Neymar, sempre com a ajuda de Corujo, mas o santista sempre tinha a companhia de alguém pela ponta esquerda, principalmente Léo.
Foto: Reuters


Com a bola passando nos pés de Ganso, o campo de ataque foi se abrindo com oportunidades para o Santos. Na melhor delas, o camisa 10 deixou Neymar livre, cara a cara com Sosa, mas González evitou. O meia, contudo, não era importante só em lances decisivos. Estimulando as jogadas individuais dos colegas, conseguiu cavar faltas importantes a favor da equipe alvinegra.

A bola parada, entretanto, não estava tão calibrada nos pés de Elano, que levava mais perigo alçando em cobranças de escanteio. Como o gol não saía, o nervosismo passou a dominar alguns santistas importantes, como Arouca, Zé Eduardo e até o experiente Léo – estes dois últimos, por excesso de vontade, desperdiçaram chance clara. E o Peñarol conseguia diminuir o perigo adiantando sua marcação novamente no fim do primeiro tempo.

Parecia que o jovem time santista seria dominado pelos próprios nervos. Alejandro González já tinha deixado o campo por causa de uma falta dura cometida por Neymar. Na saída para o intervalo, Ganso trocou empurrões com Garcia. Mas os dois astros sabem muito bem o que fazer quando a bola rola.

Os dois precisaram de pouco mais de um minuto no segundo tempo para garantir mais um título ao Santos. Ganso iniciou com um passe de letra a arrancada de Arouca, que driblou três até deixar Neymar em condições de abrir o placar com um chute forte, que o goleiro Sosa não conseguiu evitar que parasse em suas redes.


Estava provado que, com dois craques, qualquer decisão, mesmo de Libertadores, muda. O antes copeiro Peñarol passou a distribuir pancadas, em nervosismo que resultou em bronca até do técnico Diego Aguirre. A atitude de experiente passou a ser dos Meninos da Vila, totalmente com a final nas mãos.

Embalados por um Pacaembu lotado, e gritando, o Peixe tinha um Arouca aceso o suficiente para, com Neymar, Ganso e Elano, trocar passes no meio-campo. A posse de bola era santista, o segundo gol era questão de tempo. E surgiu em uma comprovação de que os craques mudaram o panorama da partida.

Antes nervoso, Danilo arrancou pela direita, limpou Darío Rodríguez e, com Guillermo Rodríguez no chão, acertou um belo chute. Jogada típica de um dos Meninos da Vila, para confirmar a festa no Pacaembu. Outros foram perdidos por erros em assistências e novas chances claras desperdiçadas por Zé Eduardo.

Para aumentar a tensão e provação dos garotos, Durval acabou fazendo um gol contra ao desviar cruzamento de Estoyanoff, aos 35 minutos. Mas, na base da raça e pressão, o Peñarol não conseguiu superar a promissão geração santista. Pela primeira vez desde a Era Pelé, o Santos, de Ganso e Neymar, é campeão da Libertadores.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 2 x 1 PEÑAROL-URU

Local: Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 22 de junho de 2011, quarta-feira
Horário: 21h50 (horário de Brasília)
Árbitro: Sergio Pezzota (Argentina)
Assistentes: Ricardo Casas e Hernán Maidana (ambos da Argentina)
Cartões amarelos: Neymar e Zé Eduardo (Santos); Alejandro González, Corujo e Freitas (Peñarol)
GOLS: SANTOS: Neymar, a um minuto do segundo tempo, e Danilo, aos 23 minutos do segundo tempo; PEÑAROL: Durval (contra), aos 35 minutos do segundo tempo

SANTOS: Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo. T: Muricy Ramalho

PEÑAROL-URU: Sosa; Alejandro González (Albin) (Estoyanoff), Carlos Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Aguiar, Freitas e Mier (Urretaviscaya); Martinuccio e Olivera. T: Diego Aguirre

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ficou para o Pacaembu!


Deu empate no primeiro jogo da final da Copa Santander Libertadores. Em um jogo marcado pela raça e disposição tática, Santos e Peñarol (URU) saíram empatados em 0 a 0 nesta quarta-feira, no estádio Centenário.

Neymar não conseguiu quebrar a sina e, assim como o rei Pelé, não conseguiu vencer a equipe carbonera em pleno no palco maior do futebol uruguaio. Com o resultado, a decisão fica para o Pacaembu, na próxima quarta-feira, dia 22, às 21h50. A vitória dá o título a um dos times. Qualquer empate leva a decisão à prorrogação e, se mantido, aos pênaltis.
Neymar tenta passar pela marcação de Matías Mier, do Peñarol (Foto: Iván Franco/EFE)
O empate acabou sendo um bom resultado para o Santos, que apesar de ter criado boas chances de gol, sofreu com a pressão exercida pelo time uruguaio, que teve inclusive um gol anulado aos 40 minutos do segundo tempo.

Peñarol cria chances mais claras

No início primeira etapa, o  Peñarol se apresentou muito bem colocado defensivamente e postado para o contra-ataque. O time uruguaio sabia dosar as saídas rápidas com a marcação, mas quando tinha de assumir a postura de atacar o Santos tinha alguma dificuldade.

Já o Peixe ficou mais com a bola, finalizou mais e atacou os carboneros até os 30 minutos de jogo. A formação levada a campo por Muricy Ramalho deu liberdade para que os laterais Pará e Alex Sandro subissem à frente. 

Neymar atuou mais como um ponta esquerda e, com a aproximação de Alex Sandro levava perigo, como aos 19 minutos de jogo, quando a Joia rolou para o lateral-esquerdo chutar forte. No lance seguinte, Bruno rodrigo acertou a trave após cruzamento de Elano, no melhor momento do Peixe na partida.

Quando se aproximavam, porém, os jogadores de ataque do time uruguaio levavam perigo. Olivera saía da função de centroavante muitas vezes para buscar o jogo e era auxiliado pelas subidas de Martinuccio, Mier e Corujo. Nos 15 minutos finais, essa aproximação ficou mais constante e foi finalmente auxiliada pelas subidas dos laterais.

Nos últimos minutos de jogo, o Peñarol acertou mais o jogo e teve seu melhor momento. A equipe carbonera teve as duas chances mais claras de gol do primeiro tempo próximo ao fim do jogo, com Guillermo Rodríguez, em bola alçada aos 43, e com Darío Rodríguez, cara a cara diante de Rafael, aos 44.

Santos reage na segunda etapa

A segunda etapa começou favorável ao Peixe. Durante o início do jogo a equipe da Vila Belmiro, com as subidas dos volantes, o Santos passava a ter mais o domínio do jogo. Logo aos quatro minutos, Elano tocou para dentro da área, a bola desviou em Danilo e Zé Eduardo teve a chance de abrir o placar, mas o atacante chutou para fora.

Já o Peñarol começou o jogo mais recuado e buscando os contra-ataques. O jogo do time uruguaio, muito baseado na disposição física e nas bolas longas e cruzamentos demorou a emplacar. O time parecia seguir o ritmo da torcida que o apoiou incessantemente no Centenário, completamente lotado.

Zé Eduardo teve nova chance clara aos 27 e, após ela, o Peñarol cresceu. A entrada de Estoyanoff pela esquerda deu maior consistência ofensiva ao time uruguaio, com a equipe carbonera ficando praticamente com três atacantes, com Olivera ficando mais preso na área, e Martinuccio pela direita.

O fim do jogo foi todo do Peñarol e a equipe dominou, por meio de pressões esporádicas com lançamentos e bolas longas, as ações ofensivas. Aos 40 minutos, Alonso chegou a marcar para o time uruguaio, mas o auxiliar viu bem o impedimento. Sem a vantagem, a decisão fica para os próximos 90 minutos, no Pacaembu.

FICHA TÉCNICA:
PEÑAROL (URU) 0 X 0 SANTOS

Estádio: Centenário, Montevidéu (URU)
Data/hora: 15/6/2011 - 21h50
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Auxiliares: Nicolás Yegros (PAR) e Rodney Aquino (PAR)
Renda/público:  Não disponível
Cartões amarelos: Neymar, Arouca (SAN); Alejandro Martinuccio, Mathías Corujo, Alejandro González (PEÑ) 
Cartões vermelhos: Nenhum.
GOLS: Não houve.


PEÑAROL (URU): Sebastián Sosa, Alejandro González, Carlos Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Nicolás Freitas, Luis Aguiar, Mathías Corujo (Pacheco, 22'/2ºT), Matías Mier (Estoyanoff, 10'/2ºT) e Alejandro Martinuccio; Juan Manoel Olivera (Alonso, 37'/2ºT). Técnico: Diego Aguirre

SANTOS: Rafael, Pará, Bruno Rodrigo, Durval e Alex Sandro; Adriano, Danilo, Arouca e Elano (Alan Patrick, 33'/2ºT); Neymar e Zé Eduardo (Bruno Aguiar, 43'/2ºT). Técnico: Muricy Ramalho




sábado, 11 de junho de 2011

Borges marca no final e complica o Cruzeiro, que só empata com reservas do Santos


Santos foi a Sete Lagoas para encarar o Cruzeiro com o um time reserva, já que está focado na final da Libertadores Washington Alves/VIPCOMM
A primeira vitória do Cruzeiro escapou aos 44min do segundo tempo, quando Borges mostrou faro de artilheiro e empatou a partida na Arena do Jacaré. Depois de pressionar o jogo inteiro e abrir o placar aos 9min da etapa final, com Montillo em cobrança de pênalti, o time celeste cedeu o empate aos reservas do Santos, que atuou a maior parte da segunda etapa com um jogador a menos. Com o 1 a 1, a equipe mineira, que segue sem vencer no Brasileirão, saiu de campo vaiada
Depois de marcar duas vezes em sua estreia no Santos, na vitória sobre o Avaí por 3 a 1, Borges voltou a desequilibrar neste sábado. Isolado na ataque santista, o atacante teve atuação discreta, mas foi decisivo ao marcar de cabeça o gol que evitou a derrota de sua equipe. Com o resultado, o Santos foi a cinco pontos e assumiu o décimo lugar na tabela.
Já o Cruzeiro, que teve a posse de bola na maior parte do jogo, criou várias chances de gol, mas parou nas boas defesas do goleiro Aranha, destaque do jogo, e nos próprios erros. Com o segundo empate em casa, o time mineiro foi a dois pontos e permaneceu na zona de rebaixamento. Em quatro rodadas, foram dois empates e duas derrotas.
O Santos entrou em campo sem os titulares. O técnico Muricy Ramalho decidiu utilizar os reservas e resguardar seus principais jogadores para a final da Copa Libertadores. O primeiro jogo da final contra o Peñarol será na próxima quarta-feira, em Montevidéu. O segundo ocorrerá no dia 22, no Pacaembu.
A equipe comandada por Cuca, que já sente a pressão pela falta de vitória no Brasileirão, pressionou bastante o adversário, abriu o placar no início da etapa final, mas não conseguiu ampliar, apesar das chances criadas – o time mineiro marcou apenas três gols nas quatro rodadas iniciais. O castigo veio no fina, com o empate do Santos,l e frustrou os mais de seis mil pagantes na Arena do Jacaré.
O Cruzeiro iniciou a partida em cima do adversário. Aos 20min, Wallyson chutou forte de perna esquerda da entrada da área e Aranha mandou a bola para escanteio. Em seguida, o Santos respondeu com Roger, que fez boa jogada da entrada da área e chutou de perna esquerda, mas a defesa cruzeirense interceptou a bola.
Aos 29min, Montillo reclamou de pênalti em disputa de bola com Rafael Caldeira na entrada da área. Depois minutos depois o Santos teve sua melhor chance na etapa inicial. Borges tocou para Roger, que chutou de pé esquerdo e Fábio espalmou para escanteio.
O Cruzeiro continuou pressionando e criou mais duas oportunidades. A primeira com Montillo, que recebeu em velocidade e, da entrada da área, chutou para nova defesa de Aranha. Na segunda, Fabrício arriscou de fora da área e o goleiro santista desviou para escanteio.
No início do segundo tempo, o lateral Vítor reclamou de dor na coxa direita e deixou o campo. Cuca decidiu arriscar e promoveu a entrada do jovem meia Dudu. Com a mudança, o volante Marquinhos Paraná foi deslocado para a lateral direita.
Com quatro minutos de bola rolando na etapa final, o Santos ficou com um jogador a menos. O zagueiro Vinícius, que havia recebido o cartão amarelo no primeiro tempo, entrou forte em Dudu, levou o segundo amarelo e foi expulso.
O Cruzeiro aproveitou a vantagem e passou a sufocar o Santos. Aos 8min, Walace, que acabara de entrar na partida, derrubou Anselmo Ramon na área e o árbitro marcou pênalti. Montillo cobrou no canto esquerdo e abriu o placar na Arena do Jacaré.
Quando o jogo se caminhava para o final, Borges aproveitou uma bola cruzada na área para desviar de cabeça e empata a partida.

FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO 1 X 1 SANTOS
Estádio: Arena do Jacaré, Sete Lagoas (MG)
Data/hora: 11/6/2011 - 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa-RS) e Roberto Braatz (Fifa-PR)
Público/renda: 6073 pagantes/R$104.820
Cartões amarelos: Henrique, Pablo, Dudu (CRU); Vinícius, Richely (SAN)
Cartões vermelhos: Vinícius (SAN)
GOLS: Montillo (9' do 2ºT); Borges (44' do 2ºT)
CRUZEIRO: Fábio; Vitor (Dudu - 4' do 2ºT), Gil, Léo e Gilberto; Fabrício (Pablo - 24' do 2ºT), Marquinhos Paraná, Henrique (Leandro Guerreiro - 33' do 2ºT) e Montillo; Wallyson e Anselmo Ramon. Técnico: Cuca.
SANTOS: Aranha; Bruno Aguiar, Rafael Caldeira, Vinícius e Alex Sandro; Charles, Rodrigo Possebon e Roger (Felipe Anderson - 26' do 2ºT); Tiago Alves (Walace - 8' do 2ºT), Richely e Borges. Técnico: Muricy Ramalho.


domingo, 5 de junho de 2011

Santos vence o Avaí

Borges teve estreia de gala na Vila Belmiro (Foto: Ivan Storti)

Sem Neymar e Elano e com a cabeça na decisão da Copa Santander Libertadores, o torcedor santista nem pôde sentir saudades. Ao contrário, se a "primeira impressão é a que fica", o torcedor está mais do que feliz com Borges. Apresentado nesta semana, o atacante brilhou logo na estreia. Com dois gols dele, o Santos venceu o Avaí por 3 a 1 na noite deste domingo, na Vila Belmiro, e chegou à primeira vitória no Campeonato Brasileiro.

Rychely completou o placar para o Santos, já nos acréscimos, e Maurício Alves descontou para o Avaí. O resultado coloca o Peixe na décima primeira posição, com quatro pontos, enquanto o Leão da Ilha amarga a lanterna, sem nenhum ponto conquistado em três rodadas.

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Neste domingo, o Alvinegro da Vila contou com a maior parte de seus titulares, ao contrário das duas rodadas iniciais do Campeonato Brasileiro. Edu Dracena, poupado, Jonathan e Léo, machucados, não atuaram. Mas as maiores ausências foram Neymar e Elano, que estão servindo a Seleção Brasileira.

XÔ, TRISTEZA!

Antes de a partida começar, uma situação inusitada e triste. O habitual minuto de silêncio foi respeitado em homenagem à mãe do árbitro José de Caldas Souza, que faleceu neste domingo. Como o árbitro do Distrito Federal não conseguiu voo de volta para Brasília a tempo, ele participou do jogo na Vila Belmiro. Visivelmente emocionado, José de Caldas Souza teve de enxugar as lágrimas para apitar o início de partida.

E o Santos começou com tudo, empolgado em estar na final da Libertadores (o Peixe encara o Peñarol (URU) no dia 15, em Montevidéu). Mesmo sem Neymar e Elano, os Meninos da Vila deram um banho de água fria na tristeza e no Avaí.

Logo a 8 minutos, Alan Patrick cobrou escanteio da esquerda, Zé Eduardo raspou de cabeça, tirando da zaga do Avaí, e o estreante Borges, livre, só completou para o gol.

Seis minutos mais tarde, Zé Eduardo assustou o goleiro Aleks, substituto de Renan, contratado pelo Corinthians. Parecia que o Santos iria ter vida fácil... mas, animação à parte, o time não emplacou.

O Avaí não conseguiu acertar mais do que dois passes e o Peixe pareceu satisfeito em levar o jogo em banho-maria. O Leão catarinense até esboçou um contra-ataque, mas Marquinhos Gabriel não viu William e Estrada livres e perdeu a oportunidade, aos 34 minutos.


DUAS VEZES BORGES!

Pensando em botar fogo na partida, o técnico Silas colocou em campo um antigo conhecido dos santistas, o meia-atacante Robson, no lugar de Marquinhos Gabriel. Já pelo lado do Santos, preocupação: logo nos primeiros minutos da etapa final, Danilo sentiu lesão e teve de ser substituido pelo recém-contratado Roger, ex-Oeste.

Só que Muricy ganhou o duelo particular com Silas e a sua alteração, mesmo que forçada, teve efeito imediato. Aos 6 minutos, Alan Patrick, mais uma vez, cobrou falta lateral e encontrou Borges dentro da área. O matador não perdoou e fez o segundo dele no jogo.

Silas voltou a recorrer ao banco de reservas para tentar diminuir o placar. Ele promoveu as entradas dos atacantes Maurício Alves e Fábio Santos nos lugares de Estrada e William. Só que o Leão da Ilha não assustou o gol de Rafael.

Pelo contrário, Borges quase marcou o terceiro. Aos 32 da etapa final, Arouca chutou bola na trave e Borges completou para o gol, mas Aleks, praticamente caído, salvou o Avaí. Quatro minutos mais tarde, foi a vez de Pará quase marcar. Na sequência, Alex Sandro fez grande jogada, cortou para o meio e por pouco não fechou a conta.

Só depois da blitz alvinegra, o Avaí encontrou tempo para descontar. George Lucas, ex-jogador do Peixe, cruzou da direita e Maurício Alves desviou do goleiro Rafael.

Mas o Peixe continuou melhor: Arouca puxou contra-ataque e, com um toque sutil por cima, viu Rychely, livre, entrando na área. O atacante reserva não perdoou e fez o seu primeiro gol pelo Peixe.

Agora, o Santos visita o Cruzeiro na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, no próximo sábado, mesmo dia em que o Avaí recebe o América-MG no estádio da Ressacada, em Florianópolis.

FICHA TÉCNICA:
SANTOS 3X1 AVAÍ

Estádio: Vila Belmiro, Santos (SP)
Data/hora: 5/6/2011 - 18h30
Árbitro: José de Caldas Souza (DF)
Auxiliares: Cesar Augusto Vaz (DF) e Carlos Manzolillo (DF)

Renda/público: R$ 64.420,00 / 4.109 pagantes
Cartões amarelos: Roger (SAN); Gustavo Bastos, Fabiano, Marcinho Guerreiro, Julinho (AVA)
Cartões vermelhos: -
GOLS: Borges, 8'/1ºT (1-0); Borges, 6'/2ºT (2-0); Maurício Alves, 43'/2ºT (2-1); Rychely, 47'/2ºT (3-1)

SANTOS: Rafael, Pará, Bruno Rodrigo, Durval e Alex Sandro; Adriano, Arouca, Danilo (Roger 3'/2ºT) e Alan Patrick (Bruno Aguiar 33'/2ºT); Zé Eduardo (Rychely 40'/2ºT) e Borges. Técnico: Muricy Ramalho.

AVAÍ: Aleks, Cássio, Bruno e Gustavo Bastos; George Lucas, Marcinho Guerreiro, Fabiano, Estrada (Fábio Santos 15'/2ºT) e Julinho; Marquinhos Gabriel (Robinho, intervalo) e William (Maurício Alves 15'/2ºT). Técnico: Silas.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Santos está na decisão da Libertadores

Autor do primeiro gol, Zé Eduardo desencantou: marcou pelo Peixe após um jejum de 13 partidas (Foto: Jorge Adorno/Reuters)

No jogo de volta da semifinal da Copa Santander Libertadores, o Santos empatou com o Cerro Porteño (PAR) por 3 a 3 nesta quarta-feira, no estádio La Olla Azulgrana, em Assunção (PAR), e garantiu seu lugar na quarta decisão da competição continental de sua história, após oito anos de espera.

O Peixe se valeu da vantagem obtida no jogo de ida, quando venceu a equipe paraguaia por 1 a 0 no Pacaembu. Agora, o time da Baixada disputa o título da Libertadores contra o vencedor de Peñarol (URU) e Vélez Sarsfield (ARG).

No primeiro tempo, o Santos abriu 3 a 1 após o jogo se decidir em alguns lances pontuais. Na segunda etapa, o que se viu foi um grande recuo do Santos, o Cerro comandando o ataque até empatar a partida.

Lances pontuais e grande vantagem

01/06/2011 Libertadores


Melhores momentos de Cerro Porteño 3 x 3 Santos FC




A primeira etapa foi emocionante e se definiu em lances pontuais. Não houve predomínio tático de nenhuma das equipes nesta etapa de jogo, mas o Santos conseguiu sair com grande vantagem no primeiro tempo.

Logo aos dois minutos de jogo, Zé Eduardo desencantou: o atacante, que não marcava pelo Peixe há 13 jogos, completou cruzamento de Elano em cobrança de falta e abriu o placar. Após o gol, o Santos recuou e esperou pelos contra-ataques.

Contando com a sorte, a equipe santista ampliou o placar, após recuo de Pedro Benítez e uma trapalhada de Barreto, que fez gol contra. Em franca desvantagem, o Cerro Porteño (PAR) se lançou ao ataque. Com a aproximação de Julio dos Santos e Iturbe ao ataque, por trás dos volantes, o time paraguaio levava perigo. Aos 31, a equipe da casa diminuiu, com César Benítez.

A pressão do Cerro Porteño continuou, contudo a equipe sofreu com o "abafa" que se propôs a fazer. Após perder a bola no ataque, a defesa do time paraguaio ficou no mano a mano com Danilo, Neymar e Zé Eduardo. E o talento fez a diferença: Neymar recebeu, trouxe para o meio, ampliou o placar e consolidou uma grande vantagem para o segundo tempo.

Santos recua e espera o contra-ataque

Na segunda etapa, o time do santos optou por segurar a vantagem que tinha. Os quatro jogadores da defesa santista permaneceram em linha, no meio, apenas Elano ficava mais à frente de três volantes mais plantados. O Santos esperava por um contra-ataque aos dois homens de frente: Neymar e Zé Eduardo.

O Cerro Porteño (PAR) pressionou e chegou ao segundo gol com Lucero, aos 15 minutos. A equipe paraguaia manteve a posse de bola no ataque, trocou passes na entrada da área, mas pouco criou. Abusava de bolas alçadas - recurso que rendeu dois gols ao Cerro -, facilitando à zaga santista.

Os meias do Cerro, aliás, eram velocistas e conduziam a bola, esbarrando com uma boa marcação do Santos, passavam a bola para o lado e alçavam na área. Sem resultado concreto, porém. O Santos se postou bem defensivamente e esperou pelos contra-ataques.

Aos 35 minutos, o Cerro chegou ao empate com um belo gol de Fabbro. O Cerro seguiu pressionando, mas não conseguiu terminar sua participação na Libertadores com uma vitória diante da sua torcida.

Antes da decisão da Libertadores, porém, o Santos volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro. No próximo domingo, às 18h30, o Peixe enfrenta o Avaí, na Vila Belmiro, pela terceira rodada da competição nacional.

FICHA TÉCNICA:
CERRO PORTEÑO (PAR) 3 X 3 SANTOS


Estádio: La Olla Azulgrana, Assunção (PAR)
Data/hora: 1/6/2011 - 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
Auxiliares: Abraham González (COL) e Eduardo Diaz (COL)
Renda/público: Não disponível.
Cartões amarelos: Iturbe, Uglessich (CER); Jonathan, Elano, Alex Sandro (SAN)
Cartões vermelhos: Edu Dracena, 48'/2ºT.
GOLS: Zé Eduardo, 2'/1ºT (0-1); Barreto (Contra), 27'/1ºT (0-2); César Benítez, 31'/1ºT (1-2); Neymar, 46'/1ºT (1-3); Lucero, 15'/2ºT (2-3); Fabbro, 35'/2ºT (3-3)


CERRO PORTEÑO (PAR): Barreto; Piris, Uglessich, Pedro Benitez e César Benitez; Burgos (Lucero, 40'/1ºT) , Cáceres, Torres (Iturbe, 10'/1ºT) e Julio dos Santos; Fabbro e Bareiro (Nanni, 20'/2ºT). Técnico: Leonardo Astrada.


SANTOS: Rafael; Jonathan (Pará, 25'/1ºT), Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Adriano, Arouca, Danilo e Elano (Rodrigo Possebon, 24'/2ºT); Neymar e Zé Eduardo (Maikon Leite, 27'/2ºT). Técnico: Muricy Ramalho.



No jogo de ida entre estas duas equipes, o time uruguaio venceu, em casa, por 1 a 0 e nesta quinta-feira, às 21h50, joga pelo empate. O Santos decide a Libertadores em casa, com qualquer um dos dois adversários.