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VITÓRIA POR 1X0 E AVANÇO NA COPA DO BRASIL

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Santos vacila e perde do Figueirense

Aloísio comemora o primeiro gol do Figueirense na vitória sobre o Santos (Foto: Eduardo Valente/Mafalda Press)
Tamanha foi a festa após conquistar a América pela terceira vez em sua história que, uma semana depois, o Santos continua de "ressaca" no Brasileirão. Desfalcado de suas principais estrelas, o Peixe não teve forças para segurar o ímpeto do arrumado Figueirense e acabou derrotado, por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Orlando Scarpelli.
Sem Elano, Ganso e Neymar, o futebol campeão da Copa Libertadores parecia ter viajado à Argentina para servir a Seleção Brasileira. Mal na armação e inofensivo na finalização, o Santos foi presa fácil para o Figueirense, que marcava bem no meio e mantinha os laterais constantemente acionados na frente. O atacante Aloísio, oportunista, marcou os dois gols catarinenses. Rychely diminuiu para o Peixe.

Com o resultado, o Santos continua em situação delicada na tabela do Brasileiro, e é somente o 16º colocado, com cinco pontos (uma posição à frente do rebaixamento). Com duas partidas a menos que a maioria das equipes, o Peixe pode entrar na zona da degola caso o Coritiba vença o Ceará, nesta quinta-feira, em Coritiba.

O Figueirense, surpresa deste Nacional, chegou a 13 pontos e assumiu a 4ª colocação. Assim como o São Paulo em 2005, o Fluminense em 2009, o Internacional em 2010 e outros ex-finalistas da Libertadores, o Santos vive a sina dos maus resultados e perdeu a segunda no Brasileiro. Em casa, o Figueirense manteve seu 100% de aproveitamento. Se Muricy quiser seu quinto título Nacional, terá que explicar a seus comandados que o Mundial é só em dezembro.

RESSACA DE CAMPEÃO

Homenageado antes do apito inicial - por ter treinado o Figueirense antes de assumir o Internacional-RS, em 2002 - o técnico Muricy Ramalho agradeceu o carinho do time catarinense com acenos e bom humor. O sorriso, entretanto, durou pouco. Assim que a bola rolou, o Figueirense fez questão de mostrar que o respeito ao grande campeão da Liberta ficaria fora do gramado.

E justamente um dos melhores jogadores em partidas decisivas da competição sul-americana, Adriano entregou o ouro (tão explorado pelos antigos conquistadores da América) logo de início. Aos quatro minutos, o volante matou no peito e ajeitou para... Aloísio! O atacante do Figueirense agradeceu o presente mandou de fora da área para abrir o placar.

Mas que desrespeito com a festa santista! Durou pouco a alegria... Na jogada seguinte, aos seis minutos, o lateral Alex Sandro (que se destacava na marcação pela setor esquerdo e já havia salvado outro gol catarinense) encontrou Rychely bem colocado dentro da grande área. O atacante girou e fuzilou o goleiro Wilson. Uma pena que o gol de empate foi um "acidente" no marasmo santista da primeira etapa.

Com o peso da camisa 10 de Pelé e Ganso nas costas, Roger estava longe da qualidade de seus antecessores e falhava em distribuir as jogadas no meio. Brigador, porém isolado, o oportunista Borges não teve uma boa chance sequer. Nesse ritmo, o domínio do Figueira logo mudou o lado da festa. Aos 31 minutos, depois de muito insistir, Aloísio (de novo!) foi oportunista. Héder lutou entre os zagueiros do Peixe e a bola sobrou no pé do goleador, que só tirou do alcance de Rafael. E o Santos - não aquele campeão - desceu para o intervalo decepcionado.

MELHOROU, MAS NÃO CHUTOU...

É, estava feia a coisa para o Santos. Na volta ao intervalo, mesmo com Felipe Anderson no lugar de Roger, quem continuava com empolgação de campeão era o Figueirense. Aos cinco minutos, Edu Dracena - que uma semana atrás levantava a taça sonhada por 10 entre 10 jogadores de futebol - tentou cortar e entregou para Héber. Sem goleiro e para a sorte santista, o atacante perdeu.

Quando as coisas começaram a melhorar, o ritmo do jogo caiu. O Santos passou a rondar a área adversário com mais frequência, mas pouco finalizava e o marcador seguia parado, em oposição ao relógio. De longe, Borges até arriscava, mas era bloqueado pelo arrumado time do Figueirense. Durval, de cabeça, também assustava nas cobranças de bola parada. Mas a muralha do Figueira estava montada e preparada para os contra-ataques.

O Figueirense, com rapidez e paciência, seguia assustando. Túlio, de longe, obrigou Rafael a fazer grande defesa para impedir o terceiro gol - em uma das poucas boas chances da segunda metade. Pelas laterais, os donos da casa criavam boas jogadas e Bruno dava muito trabalho à marcação. No Peixe, as entradas dos jovens Tiago Alves e Renan pouco fizeram efeito. No fim das contas, a vitória por 2 a 1 estava de bom tamanho para o Figueirense. E ficou de bom tamanho para o Peixe...

O time da Vila Belmiro volta a campo no próximo sábado, contra o América-MG, no Pacaembu. O Figueirense joga de novo só na próxima quinta-feira, contra o Coritiba, no Couto Pereira.

FICHA TÉCNICA:
FIGUEIRENSE 2 X 1 SANTOS

Estádio: Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC)
Data/hora: 29/6/2011 - 21h50
Árbitro: Márcio Chagas da Silva (RS)
Auxiliares: Julio César Rodrigues Santos (RS) e Marcelo Bertanha Barison (RS)
Renda e público: 60.005,00 / 5.322 pagantes
Cartões amarelos: Edson Silva (FIG); Edu Dracena (SAN)
Cartões vermelhos: -
GOLS: Aloísio, 4'/1ºT (1-0); Rychely, 6'/1ºT (1-1); Aloísio, 31'/1ºT (2-1)

FIGUEIRENSE: Wilson; Bruno, João Paulo, Edson Silva (Roger Carvalho, 8'/2ºT) e Juninho; Ygor, Maicon, Túlio e Fernandes (Rhayner, 18'/2ºT); Aloísio (Coutinho, 38'/2ºT) e Héber. Técnico: Jorginho.

SANTOS: Rafael; Pará (Tiago Alves, 22'/2ºT), Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Adriano, Arouca, Danilo e Roger (Felipe Anderson, Intervalo); Rychely (Renan, 37'/2ºT) e Borges. Técnico: Muricy Ramalho.






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