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VITÓRIA POR 1X0 E AVANÇO NA COPA DO BRASIL

domingo, 31 de julho de 2011

Peixe perde mais uma


Marcinho decidiu aos 46 minutos do segundo tempo e o Furacão venceu o Santos por 3 a 2 neste domingo, na Arena da Baixada. O Rubro-negro conseguiu afastar um fantasma que se aproximava. Após o Atlético-PR abrir vantagem de dois gols, o Peixe empatou e o jogo parecia resolvido. Mais três pontos resolvidos, como na derrota para o Ceará, por 2 a 1, na última rodada. Mas Marcinho apareceu, fez o terceiro e o Furacão levou.
Mesmo com o resultado, o Furacão continua isolado na lanterna do Brasileirão, com míseros oito pontos conquistados em 13 rodadas, o que resulta em um aproveitamento de 20% na competição. Sinal vermelho: no ano passado, o último clube que escapou do rebaixamento, o Atlético-GO, teve 37% de aproveitamento. O Rubro-negro curitibano chegou à sua segunda vitória na competição.
O torcedor do Peixe é quem não deve ter se contentado. No segundo jogo com o time completo, com o fim da Copa América, o time seguiu sem vitória - no primeiro, a equipe perdeu para o Flamengo por 5 a 4, apesar de ter jogado bem. Péssimo para o Santos é seu retrospecto como visitante: longe da Vila Belmiro, a equipe não se encontrou, em cinco jogos, foram quatro derrotas e um empate.
No jogo, o Atlético-PR começou avassalador e abriu dois de vantagem, com Cléber Santana e Manoel, mas Neymar diminuiu. Na segunda etapa, Borges empatou e, aos 46 minutos, Marcinho apareceu para decidir o jogo para o Furacão.

Primeira etapa surpreendente

O primeiro tempo foi muito movimentado e quebrou a expectativa de muitos torcedores que acompanharam a partida. Quem esperava pelo Santos, com o time completo, massacrando o lanterna do campeonato Atlético-PR, se frustrou. No início de jogo, o Furacão veio para cima do Peixe com a intensidade que só seu apelido futebolístico lhe confere e abriu boa vantagem.

Antes dos dez minutos, o Rubro-negro curitibano fez dois gols. O primeiro deles foi marcado aos quatro minutos, após bela jogada de Cléber Santana, que fez fila na marcação santista e acertou o ângulo esquerdo de Renan. Quatro minutos mais tarde, Manoel ampliou para o Furacão, ao aparecer livre para concluir de cabeça uma cobrança de escanteio.

O jogo deixava o torcedor atônito e tudo se encaminhava para uma vantagem tranquila para o Furacão. Até que o talento de Neymar, enfim, apareceu. O atacante recolheu a sobra do escanteio, tirou dois marcadores com uma finta e chutou colocado para diminuir para o Santos. O desaflorar do talento da Joia animou o Peixe, que partiu para cima.

No restante do jogo, a torcida acompanhou uma partida muito movimentada e o domínio passou de mãos. A partir dos 25 minutos, era o Santos quem tomava as rédeas do jogo. Contudo, a equipe falhou para empatar, assim como o Furacão que desperdiçou alguns contra-ataques. E assim terminou uma boa primeira etapa, apesar de um gramado castigado pela chuva de Curitiba.

Borges empata, mas Marcinho decide!
Na segunda etapa, o Santos seguiu a pressão com que terminou a primeira. O Peixe ficava com a bola e finalizava mais do que o Atlético-PR, mas o Furacaão se segurava, acertava a marcação e contava com o sempre providencial apoio das poças d'água que freavam a habilidade e a velocidade do sistema ofensivo santista.
Aos 16 minutos, a presença de área de Borges fez a diferença. O atacante fez o giro de pivô sobre a marcação de Manoel e chutou decidido no canto direito de Renan Rocha. Faro de gol puro que colocou o Santos de volta à partida. Após o gol, porém, o Santos não conseguiu manter a pressão que vinha exercendo na partida e o jogo caiu de intensidade.
Quando o jogo parecia que terminaria empatado, Marcinho apareceu para fazer o terceiro do Atlético-PR, ao receber livre um bom cruzamento de Wagner Diniz e selar a vitória.
Próximos jogos

O Atlético-PR volta a campo na próxima quinta-feira, às 21h, quando enfrenta o Atlético-GO, no estádio Serra Dourada. Já o Santos vai a São Januário jogar contra o Vasco na próxima quarta-feira, às 21h50.

FICHA TÉCNICA:
ATLÉTICO-PR 2 X 2 SANTOS

Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Data/hora: 31/07/2011 às 18:30
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moises (RJ) e Francisco Pereira de Souza (RJ)
Renda/público: Não disponível
Cartões amarelos: Ibson, Elano, Neymar (SAN); Edilson, Rodriguinho (ATL)
Cartões vermelhos: -
GOLS: Cleber Santana, 4/1ºT (1-0); Manoel, 8'/1ºT (2-0); Neymar, 12/1ºT (2-1); Borges, 17'/2ºT (2-2)

ATLÉTICO-PR: Renan Rocha; Edilson, Manoel, Fabrício e Paulinho; Deivid (Wagner Diniz, 38'/2ºT), Cleber Santana, Kleberson, Branquinho (Rodriguinho, 16'/2ºT) e Marcinho; Santiago Garcia (Edgar Junio, 31'/2ºT). Técnico Renato Gaúcho.

SANTOS: Rafael, Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Ibson (Rodrigo Possebon, 44'/2ºT), Elano e Ganso; Neymar e Borges. Técnico: Muricy Ramalho.
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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Os sete erros de Santos e Flamengo


Santos e Flamengo fizeram na última quarta-feira um dos melhores (senão o melhor) jogo do ano. Gols de placa, tabelas, jogas geniais, dribles e, claro, nove gols em 90 minutos de bola rolando. Nesta quinta-feira, o assunto do dia é comentar os lances e brindar a genialidade de Ronaldinho e Neymar, mas poucos se lembram que a partida com placar de churrasco também teve seus momentos de pelada. Abaixo, veja sete erros que selecionamos na partida. Porque afinal de contas, lambanças também podem contar a história de um jogo histórico.

1) ERRO NA SAÍDA DE BOLA, GOL DE BORGES

No início do jogo, o Flamengo ainda assimilava o primeiro gol de Borges, aos 4 minutos, quando um erro na saída de bola permite que Ganso lance Neymar. O goleiro Felipe ainda defende o primeiro chute do atacante, mas no rebote a bola sobra do lado esquerdo para Borges, de novo, anotar o segundo gol santista ainda antes dos 20 minutos de partida.

2) DEIVID PERDE GOL DEBAIXO DA TRAVE

Esse é o típico caso de um erro imperdoável que passa desapercebido depois de uma vitória épica. Quando o placar estava 2 a 0 para o Santos, Deivid recebe um cruzamento rasteiro de Luis Antônio e, na segunda trave, se enrola com a bola e perde um gol daqueles que até a nossa avó faria.

3) ONDE COMEÇOU A REAÇÃO

Rafael é um goleiro jovem e que vem se firmando na meta santista. Na quarta, contudo, foi um erro do arqueiro que começou a reação flamenguista. O Santos liderava por 3 a 0 quando Rafael falha ao tentar segurar um cruzamento rasteiro e relativamente tranquilo da direita. A bola cai nos pés de Ronaldinho Gaúcho, que marca o primeiro de seus três gols no jogo.

4) ERRO DE IBSON NA DEFESA

O Santos tenta sair com a bola dominada de sua intermediária, mas Ibson acaba marcado por dois jogadores do Flamengo, perde a bola para Williams e cai reclamando de falta. O árbitro manda seguir o lance, que termina com bela jogada de Ronaldinho Gaúcho. O jogador rubro-negro sofre falta na entrada da área e depois… bem, depois é a vez da barreira do Santos aprontar.

5) BARREIRA DO SANTOS

Fernando Pilatos/UOL
Ronaldinho Gaúcho fez uma jogada de futsal e sofreu a falta na entrada da área. Claro que o camisa dez vai assumir a responsabilidade e cobrar sobre a barreira, no canto oposto do goleiro. A melhor coisa para os defensores neste caso é saltar bem alto e bloquear a trajetória da bola, certo? Errado. Gaúcho lembrou seus tempos de Barcelona, aproveitou a ansiedade dos adversários e chutou rasteira, por baixo da parede de santistas.
6) POR QUE CAVADINHA?


Com 3 a 2 no placar e um adversário em franco crescimento na partida, quem arriscaria uma cavadinha? Talvez só Loco Abreu, que já leva a insanidade no nome. Elano, por sua vez, tentou enganar o goleiro Felipe, mas falhou feio. O flamenguista esperava um chute forte, no meio do gol. Com a bola fraca e à meia altura ficou ainda mais fácil. Tão fácil que deu até para emendar uma embaxadinha.
7) GANSO PERDE A BOLA NO ATAQUE

Com o jogo tenso e um placar de 4 a 4, Ganso tenta segurar a bola no meio de campo, exagera na firula e acaba perdendo a bola para o atacante Deivid. O erro é fatal. O ex-jogador do Santos toca do lado esquerdo para Thiago Neves, que ajeita para Ronaldinho Gaúcho marcar o seu terceiro gol, o quinto fo Flamengo, e fechar a vitória na Vila Belmiro.

LEIA MAIS NO UOL ESPORTE
Cornetagem. Jornal carioca provoca Santos: ‘Chupa, Neymar’.
Festa. Flamengo volta para casa e é recebido como campeão.
Sob a barreira. Ronaldinho Gaúcho lembra gol da época de Barcelona.

domingo, 17 de julho de 2011

Santos vence Atlético-MG

Depois de 41 dias, o santista da Baixada pôde, enfim, matar as saudades. A volta do Peixe à Vila Belmiro, pela primeira vez como Tricampeão da América, não poderia ser de outra forma que não com vitória. Com gols de Danilo e Borges, de pênalti, o Santos bateu o Atlético-MG por 2 a 1 e se afastou da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

Jônatas Obina, também de pênalti, descontou para o Galo. O Santos, assim, se recupera da goleada sofrida diante do rival Palmeiras, no último fim de semana. Agora, a equipe de Muricy Ramalho soma 11 pontos e sobe à 13ª colocação, deixando para trás o rival deste sábado, o Atlético, no critério de saldo de gols (o time paulista tem -1 de saldo, contra -5 dos mineiros).

Já o Galo, que antes de bater o América-MG na semana passada havia sido goleado três vezes seguidas (contra Flamengo, Internacional e Ceará), mantém 11 pontos, mas perde duas posições. Agora, é o 15º.
Confira imagens da vitória santista na Vila Belmiro 
O confronto deste sábado colocou frente a frente os "pais" do Tricampeonato da Libertadores, uma vez que Dorival Júnior, hoje técnico do Galo, era o comandante da equipe santista que faturou os títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil de 2010, formando, assim, a base vitoriosa que conquistou a América. 
VOLTA FELIZ
Foram mais de quarenta dias longe de casa, muito em função da fase decisiva da Copa Santander Libertadores, ocasião em que o Peixe mandou a maioria de seus jogos no Pacaembu. O santista da Baixada já não aguentava mais esperar. A volta para casa poderia ser a chance reconciliar a torcida na cidade de Santos e o time, principalmente depois da má sequência de resultados após a conquista do Tri.
Em campo, a principal dificuldade era encarar um Galo mordido, motivado para vencer após a vitória no clássico sobre o América-MG. O ex-treinador do Santos, Dorival Júnior, apostava no setor de criação. Daniel Carvalho e Caio eram os homens responsáveis por municiar Jônatas Obina. 
A ausência de Ganso, servindo a Seleção, fez Muricy Ramalho promover a entrada de Felipe Anderson no lugar de Rychely, titular na derrota para o Plameiras no clássico do último fim de semna. Mas o garoto, formado na base da Vila, não mudou o panorama alvinegro. O Peixe não tinha muita inspiração para assustar o Atlético, ao menos durante os primeiros vinte minutos de partida.
Já o Galo tinha mais artifícios. Daniel Carvalho, aos 12, deixou Jônatas Obina na cara do gol. O atacante errou a finalização, mas o auxiliar já marcava - erroneamente - o impedimento. 
Diante da dificuldade para trocar passes próximo à área do Atlético, a alternativa era contar com algum lampejo dos Meninos da Vila. E sem Neymar, Ganso e Elano, a incumbência de brilhar ficou para Danilo. O volante marcou um golaço aos 23 minutos: cortou para o meio e soltou uma bomba com o pé direito. Giovanni nem se mexeu.
Só que a alegria do santista foi rápida e durou alguns minutos. Na sequência, o Galo chegou com tudo, Magno Alves dividiu com Bruno Rodrigo na área e caiu. O árbitro Arilson Bispo da Anunciação marcou pênalti e Jônatas Obina não perdoou. Era o empate do Galo na Vila. 
Mas o Santos chegou ao gol de desempate de forma idêntica ao tento mineiro. O zagueiro Bruno Aguiar se aventurou no ataque e foi derrubado por Réver dentro da área. O árbitro, novamente, não teve dúvidas e apontou a marca da cal. Borges não hesitou e mandou no canto direito de Giovanni, sem chances para o goleiro atleticano.
PEIXE ACUADO
No intervalo, o Peixe pareceu mais ligado, mas apenas por um instante. Tiago Alves substituiu Diogo, que teve mal estar no vestiário, e colocou fogo na partida logo a 4 minutos. O camisa 18 passou pela marcação e testou Giovanni, que fez boa defesa.
A partir daí, o Santos não tomou mais a iniciativa e deixou o Atlético jogar. Aos 15, Durval assustou os mais de quatro mil torcedores presentes na Vila cabeceando contra o próprio gol. A sorte do Peixe é que o travessão evitou o que seria o empate mineiro.
Mesmo atrás do placar, o Atlético era muito mais incisivo. Aos 24, Magno Alves cruzou na área, Jônatas Obina não alcançou e os jogadores do Galo acusaram pênalti no atacante da equipe mineira. 
Jônatas Obina, aos 34, e Giovanni Augusto, aos 35, chegaram perto, mas não alteraram o placar. O Atlético-MG mantinha a pegada: troca de passes no campo de ataque e sufoco no time da casa. Aos 45, Serginho cobrou falta por cima do gol de Rafael.
O segundo tempo a 20 km/h por o reflexo do desinteresse do Peixe, que se defendeu muito para levar os três pontos sem sofrer riscos. 
Agora, o Santos só volta à campo na 12ª rodada, quando recebe o Flamengo na Vila Belmiro. O duelo com o Grêmio, originalmente marcado para a próxima quarta-feira, no estádio Olímpico, foi adiado para o dia 5 de outubro, à pedido do Peixe. Já o Atlético-MG disputa a 11ª rodada normalmente: encara o Vasco em Ipatinga. 
FICHA TÉCNICA:
SANTOS 2X1 ATLÉTICO-MG
Estádio: Vila Belmiro, Santos (SP)
Data/hora: 16/7/2011 - 21h (de Brasília)
Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação (BA)
Auxiliares: Adailton José de Jesus Silva (BA) e José Oliveira dos Santos (BA)
Renda/público: R$ 84.700 / 4.717 pagantes
Cartões amarelos: Danilo, Bruno Rodrigo (SAN); Caio, Toró, Réver, Neto Berola (CAM)
Cartões vermelhos: -
GOLS: Danilo, 23'/1ºT (1-0); Jônatas Obina (pênalti), 26'/1ºT (1-1); Borges (pênalti), 41'/1ºT (2-1)
SANTOS: Rafael; Bruno Aguiar, Bruno Rodrigo e Durval; Pará, Danilo, Arouca, Felipe Anderson (Roger Gaúcho 35'/2ºT) e Wesley Santos (Vinícius Simon 21'/2ºT); Diogo (Tiago Alves, intervalo) e Borges. Técnico: Muricy Ramalho.
ATLÉTICO-MG: Giovanni; Patric, Réver, Leonardo Silva e Guilherme Santos (Wesley 35'/2ºT); Toró, Serginho, Caio (Giovanni Augusto 11'/2ºT) e Daniel Carvalho (Neto Berola 18'/2ºT); Magno Alves e Jônatas Obina. Técnico: Dorival Júnior.


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domingo, 10 de julho de 2011

Continua o tabu



Aos 45 minutos do primeiro tempo, um forte chute de Patrik definiu o clássico no Pacaembu neste domingo. Com disposição, velocidade e menos desfalques, o Palmeiras precisou só do primeiro tempo para fazer 3 a 0 no Santos e ampliar para sete o número de partidas seguidas em que está invicto diante do rival.

O time de Luiz Felipe Scolari nem precisou de Kleber, desfalque por contestada lesão, para aproveitar-se principalmente das deficiências do lado direito da defesa – basicamente, Pará. Luan e Gabriel Silva souberam usar este fato para criar os gols de Maikon Leite, aos 21, Mauricio Ramos, aos 29, e Patrik, aos 45 minutos do primeiro tempo.

A segunda metade do confronto foi insuficiente para o Santos sem Neymar, Ganso e Elano, que estão na seleção brasileira. Sob os gritos de olé da torcida alviverde, o time da Vila Belmiro teve que se conformar por não conseguir vencer o adversário desde 18 de abril de 2009.

Vencedor sempre que foi mandante neste Brasileiro, a equipe do Palestra Itália volta à zona de classificação para a Libertadores, em quarto lugar, com 18 pontos. Já o Santos, ainda devendo partidas, segue na parte debaixo da tabela.

O jogo – Por cerca de cinco minutos, o Santos cumpriu sua promessa de atacar o Palmeiras. Muricy Ramalho colocou Diogo aberto pela direita, com Richely fazendo o mesmo do outro lado e Borges centralizado. O trio ainda tinha a subida de Arouca e Danilo como típicos armadores, em estratégia suficiente para prender a saída de bola palmeirense.

A tática, entretanto, não sobreviveu à alternativa similar e a maior disposição dos mandantes no clássico deste domingo. Comandado por Marcos Assunção, que chegava até a ficar entre os zagueiros, o Verdão passou a ter qualidade para ir avançando e ganhando o campo adversário.

Com a calma e a experiência do volante tocando a bola atrás, logo o trio de ataque santista ficou totalmente isolado. Enquanto Arouca e Danilo tentavam ajudar, Rodrigo Possebon era insuficiente como único volante a segurar os rivais, que vinham em velocidade e logo tinham oportunidade de encarar os defensores em duelos individuais.

O cenário ainda contava com a ânsia palmeirense em ser rápido para roubar a bola e logo levantar a cabeça em busca de quem melhor estivesse colocado pelos lados. A equipe alvinegra até conseguia causar dificuldades no lado esquerdo de sua defesa, ocupado por Léo, mas a direita, com Pará, passou a ser uma avenida, até porque Maikon Leite e Dinei, substituto de Kleber, confundiam com constante movimentação.

Cicinho até se segurava na direita, para não dar espaços para Léo em suas costas. E nem precisava avançar. O Verdão atuava por ali mais para preencher espaço e ganhar o campo, ora com Márcio Araújo, ora com Patrik e, mais raramente, Cicinho. A deficiência santista estava em Pará, e era muito bem explorada por Gabriel Silva e, principalmente Luan.

Aso 21 minutos, a dupla foi fatal. Gabriel Silva deu um drible da vaca em Pará e rolou para Luan, que prendeu a bola até o momento exato em que Maikon Leite pôde receber livre na área para driblar Rafael e abrir o placar. Uma jogada tão veloz que o Santos só foi perceber quando a bola estava nas redes de Rafael.

Estava clara a estratégia palmeirense, e o adversário não sabia como coibir. Até quando Pará conseguiu desarmar Luan, aos 29 minutos, deu errado: na cobrança de escanteio de Marcos Assunção, o goleiro Rafael ficou indeciso ao deixar sua meta e Mauricio Ramos aproveitou para subir na pequena área e testar nas redes.

Com Elano, Ganso e Neymar na seleçao brasileira, o Peixe não tinha ninguem em campo capaz de levar a bola ao seu inutil trio de atacantes – Diogo não foi o armador que se esperava. O Palmeiras também não tinha Lincoln, e nem precisava. Luan usou e abusou da marcação de Pará na chance de provar que merece ter seu contrato renovado. Aos 45 minutos, o atacante driblou o lateral como quis, o desarmou e inverteu com um passe rasteiro para Patrik soltar a bomba no ângulo de Rafael.

Foi o último lance do primeiro tempo. Sem entender ou demonstrar muita disposição para correr atrás do adversário, o Santos foi para o intervalo reclamando da falta de concentração, justificativa para que ninguém conseguisse ajudar Pará na marcação a Luan ou Gabriel Silva.

No segundo tempo, o desfalcado time de Muricy voltou com três novidades na tentativa de sair do campo de defesa: os garotos Roger e Felipe Anderson e a vontade que faltou. O efeito na partida foi que o Peixe deixou de ser somente marcador para também sem marcado, mas sem o ânimo ou qualidade necessária para evitar a derrota que já era certa desde a etapa inicial.

Completamente dono da partida, o Palmeiras tinha na movimentação de Márcio Araújo a estratégia para dificultar que a bola chegasse aos pés dos santistas com perigo para Marcos. Bastava se aproveitar da vantagem adquirida no primeiro tempo e tocar a bola com calma sob os olhos abofados de seu rival.

Como sempre tem ocorrido até agora no Brasileiro, o Verdão conseguiu três pontos como mandante. Como sempre tem ocorrido desde as semifinais do Campeonato Paulista em abril de 2009, o time não foi batido pelo Santos. Vitória de quem se dispôs a correr pelo resultado desde o início e precisou de 45 minutos para construí-la.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 3 x 0 SANTOS




Local: Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 10 de julho de 2011, domingo
Horário: 18h30 (horário de Brasília)
Público: 16.751 pagantes
Renda: R$ 444.239,00
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa-SP) e Herman Brumel Vani (SP)
Cartões amarelos: João Vitor (Palmeiras); Léo e Pará (Santos)
Gols: Maikon Leite, aos 21, Mauricio Ramos, aos 29, e Patrik, aos 45 minutos do primeiro tempo


PALMEIRAS: Marcos; Cicinho (João Vitor), Mauricio Ramos, Leandro Amaro e Gabriel Silva; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Patrik (Pierre) e Luan; Maikon Leite (Tinga) e Dinei. T: Luiz Felipe Scolari


SANTOS: Rafael; Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Rodrigo Possebon (Felipe Anderson), Arouca e Danilo; Diogo (Tiago Alves), Borges e Rychely (Roger). T: Muricy Ramalho

domingo, 3 de julho de 2011

Peixe vence o Coelho no Pacaembu e chega à segunda vitória no Brasileirão

O Santos não teve Neymar, Ganso e Elano em campo. Fora dele, também não contou com a torcida em peso na noite deste sábado no Pacaembu. Mesmo assim, de "ressaca" após a conquista da Copa Santander Libertadores, o Peixe cumpriu seu papel e venceu o América-MG por 1 a 0, contando com gol contra do zagueiro Anderson. Assim, a equipe chega à segunda vitória em seis jogos no Campeonato Brasileiro.
A vitória dá novo panorama ao Alvinegro Praiano na competição, já que a equipe pode, com a Libertadores já finalizada, voltar suas atenções somente para o Brasileirão. O Santos não largou bem no Nacional, mas agora já belisca a 11ª colocação com 8 pontos e um jogo a menos.

O Coelho, por sua vez, se mantém na zona de rebaixamento. É o antepenúltimo colocado, com cinco pontos em sete partidas. A equipe de Mauro Fernandes venceu apenas uma vez no Nacional - na estreia contra o Bahia (2 a 1).

Esta partida, que seria originalmente realizada no dia 26 de junho, foi adiada para este sábado porque o Peixe precisava de um "respiro" após a conquista da Libertadores.

VALEU, ANDERSON! 

Ainda curtindo a conquista da Liberta o Peixe sofreu com a falta de ritmo por conta do adiamento de seus jogos em razão, justamente, da maratona de partidas pela competição sul-americana.

Prova disso foi a escalação deste sábado. Muricy não pode contar com o trio Elano, Ganso e Neymar, jogadores que servem a Seleção Brasileira na Copa América. Além dos astros, o volante Adriano, com lesão na coxa esquerda, também foi ausência.

Diante de tantos problemas, o Santos começou o confronto com o América no Pacaembu jogando na "manha", sem arriscar muito. Só que o Peixe contou com nobre ajudinha para sair na frente logo cedo. Aos 7 minutos, Danilo cobrou falta da esquerda e o zagueiro Anderson, ex-Corinthians, acabou cabeceando contra o próprio patrimônio.

Pelo lado do Coelho, pouca criatividade e força para atacar. A experiente dupla Alessandro e Fábio Júnior se isolou no ataque e não produziu. No único lance da equipe visitante no primeiro tempo, Gilson recebeu de Rodriguinho, invadiu a área e dividiu com Rafael. Na cara do gol, o lateral americano não conseguiu finalizar e ainda acertou o rosto do goleiro santista. 

Aos 27, Alex Sandro, que atuou com a 10 de Ganso improvisado na meia-esquerda, assustou o goleiro Flávio em chute com a perna direita. Era pouco, mas o Santos cumpria bem seu papel segurando a bola no ataque.

Na sequência, uma baixa na equipe da Baixada. Um dos destaques do duelo e ex-atleta do Coelho, o volante Danilo sentiu a coxa direita após dividida com Arouca e foi substituído por Possebon. No intervalo, o jogador afirmou que sua saída foi meramente preventiva e que ele deve jogar o clássico contra o Palmeiras no próximo fim de semana. 

Sem estrelas, quem acabou pedindo a responsabilidade foi o lateral Pará. Dos pés do jogador, o Peixe quase marcou em cobrança de falta por cima do gol de Flávio. O mesmo Pará protagonizou grande lance aos 40, ganhou da zaga e, com o gol livre, tocou na rede pelo lado de fora.

Aos 43, o Peixe continuou martelando: a bola pipocou na área do Coelho e sobrou para Roger, que dominou na área e exigiu a defesa de Flávio.

BRUXA SOLTA?

Não bastasse a contusão de Danilo ainda na primeira etapa, o lateral Alex Sandro começou o segundo tempo com o pé... esquerdo. O jogador sentiu a coxa direita em lance na linha lateral e teve de dar lugar a Charles logo nos primeiros minutos da etapa complementar.

Na sequência, o americano Fabricio soltou a bomba e arrepiou a torcida alvinegra no Pacaembu. A bola tirou tinta da trave direita de Rafael.

Aos 11 minutos, Alessandro girou na área após cobrança de escanteio e Fábio Júnior quase cutucou para as redes. Depois, mais pressão do rubro-verde. Mauro Fernandes lançou mão do atacante Kempes no lugar do líbero Gláuber. O América percebeu que o Peixe fraquejava e aproveitou para se mandar para o ataque. Cada bola na área fazia palpitar os corações santistas no Pacaembu.

Temerosos, os torcedores do Peixe reagiram e começaram a cantar, empurrando o time para a frente. E não é que surtiu algum efeito? No lance seguinte ao "chacoalhão" alvinegro, Arouca tabelou com Roger e tocou por cima do gol de Flávio.

Passado o momento bom do Santos, o Coelho voltou a se postar no campo de ataque. Kempes, Alessandro e Fábio Júnior infernizavam a zaga do Peixe. Sob vaias no Pacaembu, o América martelou, martelou, martelou, mas não furou o bloqueio alvinegro e o resultado acabou não se alterando.

Agora, o próximo compromisso das duas equipes no Campeonato Brasileiro será diante do mesmo time. O América-MG recebe o Palmeiras na Arena do Jacaré na próxima quarta-feira, em partida válida pela . E o Santos, que pediu o adiamento de sua partida no meio da semana (contra o Fluminense, confronto remarcado para o dia 24 de agosto) só volta a campo no dia 10, no domingo, daqui a oito dias. O adversário, a exemplo do Coelho, também será o Palmeiras, no Pacaembu. 

FICHA TÉCNICA:
SANTOS 1X0 AMÉRICA-MG

Local: Estádio Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data/Hora: 2/7/2011 às 18h30 (horário de Brasília)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF)
Auxiliares: Márcia B. Lopes Caetano (Fifa-RO) e Marrubson Melo Freitas (DF)

Renda/público: R$ 110.395,00 / 5.912 pagantes
Cartões amarelos: Bruno Rodrigo (SAN); Willian Rocha, Marcos Rocha (AME)
Cartões vermelhos: -   
GOLS: Anderson (gol contra), 7'/1ºT (1-0) 

SANTOS: Rafael; Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Danilo (Rodrigo Possebon 30'/1ºT), Alex Sandro (Charles 2'/2ºT) e Roger (Bruno Rodrigo 30'/2ºT); Richely e Borges. Técnico: Muricy Ramalho.

AMÉRICA-MG: Flávio, Marcos Rocha, Gabriel, Anderson e Gilson; Dudu, Glauber (Kempes 21'/2ºT), Willian Rocha (Fabricio, intervalo) e Rodriguinho (Netinho 35'/2ºT); Alessandro e Fábio Júnior. 
Técnico: Mauro Fernandes