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VITÓRIA POR 1X0 E AVANÇO NA COPA DO BRASIL

sábado, 24 de março de 2012

Neymar deixou o seu e o Peixe fez valer o favoritismo no Pacaembu. Classificação para a terceira fase ficou mais perto



Choveu, choveu e choveu... Mas Neymar, como sempre, marcou. Apesar das dificuldades impostas pelo temporal que caiu na cidade de São Paulo, o Santos bateu tranquilamente o Juan Aurich (PER) por 2 a 0 e se tornou líder do Grupo 1 na Copa Santander Libertadores. Além do camisa 11, Edu Dracena marcou o outro tento do Peixe. Festa da torcida santista que compareceu em bom número ao Pacaembu. O jogo ainda teve retranca dos peruanos, poças no gramado e paralisação por causa da iluminação...
Após sofrer com a pancadaria e o gramado sintético no Peru, o Santos foi para o duelo contra o Juan Aurich para ficar com a ponta do Grupo 1 da Libertadores. A aposta era em mais um dia de Neymar e Ganso inspirados. Praticamente eliminados da competição, os peruanos até pouparam jogadores pensando no campeonato local.


Retranca de dar sono
Com uma linha de cinco defensores, mais quatro meios de campo, o Juan Aurich não foi ao Pacaembu para jogar bola. Com os peruanos no campo de defesa e muitas faltas fortes sobre Neymar & Cia., o Santos teve que ter paciência e tocar a bola para achar espaços. Para piorar a situação, uma tempestade castigou o gramado do Pacaembu.
Neymar, aceso no início da partida, criou chances, mas nada de o gol sair. A insistência alvinegra deu resultado aos 14 minutos. Após escanteio e confusão na área, Edu Dracena, oportunista, colocou para a rede após o rebote do goleiro Penny.
Com o campo molhado, o Peixe errava alguns passes e não conseguia penetrar na defesa peruana. Nem o gol fez com que o rival saísse da defesa. Tocando a bola, o Santos passou a se desinteressar do jogo e criou poucas chances.
Paralisação
Na volta para o segundo tempo, a chuva voltou com força. Logo após os jogadores subirem do vestiário para o gramado, parte da iluminação do Pacaembu apagou e o jogo ficou paralisado por 25 minutos.
Segundo tempo na piscina
O jogo voltou, mas a bola não rolou. Com diversas poças, foi difícil correr com a bola dominada. Diversas vezes o Peixe perdeu a bola por causa do gramado alagado. Por sua vez, os peruanos decidiram sair um pouco mais para o jogo e avançaram sua marcação. Mesmo assim, nada de dar trabalho para o goleiro Rafael.
Do outro lado, o Peixe seguiu insistindo. Até que Neymar fez o que melhor sabe. Após cruzamento de Borges, o camisa 11 pegou de primeira da entrada da área, de perna esquerda. A bola morreu rasteira no canto direito de Penny, que nem se mexeu. Festa da Joia e dancinha para comemorar...
Aos 17 da segunda etapa, enfim, o Juan Aurich conseguiu chegar à área do Peixe. A jogada, que não deu em nada, mostrou a fragilidade da equipe peruana.
Correndo atrás de saldo de gols, o Peixe seguiu atacando e criando chances. Ganso e Borges tentaram e obrigaram Penny a fazer boas defesas. Em desvantagem, coube aos peruanos abusarem das faltas...
O terceiro gol não saiu, mas o Santos deixou o Pacaembu molhado e com a liderança do Grupo 1 da Libertadores nas mãos. Agora só falta uma vitória nos dois jogos que faltam nesta fase para o Peixe se garantir nas oitavas de final da competição sul-americana. O primeiro será contra o Internacional, dia 4 de abril, no Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). E o último será contra o The Strongest (BOL), dia 19/4, no Pacaembu.
FICHA TÉCNICA:
SANTOS 2X0 JUAN AURICH (PER)
Local: Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data/hora: 22/3/2012, às 22h (de Brasília)
Árbitro: Patricio Loustau (ARG)
Cartões amarelos: Arouca (Santos); Zúñiga e Ugaz (Juan Aurich-PER)
Gols: Edu Dracena 14'/1ºT (1-0), Neymar 13'/2ºT (2-0)
Renda e público: R$ 882.290,00 / 26.029
SANTOS: Rafael, Fucile, Edu Dracena, Durval e Juan; Arouca, Henrique, Ibson (Elano, 29'/2ºT) e Ganso; Neymar e Borges. Técnico: Muricy Ramalho.
JUAN AURICH: Penny; Contreras, Fleitas e Minaya; Ugaz (Molina, 28'/2ºT), Rojas, Ortiz (Valencia, 23'/2ºT) Cueto, Kahn e Quina; Zúñiga (Terrada, intervalo). Técnico: Diego Umaña.


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quinta-feira, 22 de março de 2012

Com gol no fim, São Paulo vence Santos e assume a vice-liderança

Em um San-São com alternâncias no placar durante toda a partida, o São Paulo soube se superar para manter a boa fase. Com um a menos desde os oito minutos do segundo tempo, a equipe contou com gol de Lucas aos 41 minutos da etapa final para vencer por 3 a 2 no Morumbi e chegar ao segundo lugar no Campeonato Paulista.

Lucas comemora o seu gol, decisivo para a vitória do São Paulo no clássico contra o Santos

O placar foi um prêmio a quem soube se adaptar às constantes mudanças no confronto. O Tricolor nunca esteve atrás no placar e conseguiu até dominar a partida mesmo depois da expulsão de Rodrigo Caio, que não conseguiu escapar dos cartões amarelos na missão de parar Neymar.

Na etapa inicial, contudo, os donos da casa tiveram sorte em chute de Casemiro que desviou em Edu Dracena, aos oito minutos. No segundo tempo, aos seis, Edu Dracena empatou em vacilo da defesa de Emerson Leão. Já com um a menos, o Tricolor desempatou em cobrança de pênalti de Luis Fabiano, aos 19. Após bobeira de Casemiro, Neymar igualou, aos 31, mas Lucas garantiu os três pontos são-paulinos no eletrizante clássico.

O jogo -Apesar do mistério dos dois treinadores, tanto São Paulo quanto Santos entraram com a melhor formação à disposição. E o desequilíbrio no início do confronto ficou na disposição dos anfitriões, que se aproveitaram do cansaço dos adversários da partida no Peru na quinta-feira para mantê-los em seu campo de defesa.

O Peixe passou os primeiros dez minutos do clássico com nove ou dez jogadores de linha na intermediária, à frente da zaga, na tentativa de coibir a troca de passes do Tricolor. Ficar tão agrupado acabou custando caro. Aos oito minutos, Casemiro resolveu arriscar de perto da meia-lua e contou com desvio de Edu Dracena para abrir o placar.

Com o gol, além de desgastado, o Alvinegro se mostrou perdido. Mérito dos comandados de Emerson Leão, que aproveitaram a confusão do rival para tocar a bola em velocidade e, mesmo sem marcar adiantado como antes, saber a hora de impor velocidade para chegar à área de Rafael.

A velocidade de Lucas, a movimentação de Luis Fabiano e a dinâmica imposta por Jadson e Cícero resultaram em uma série de oportunidades de gol, inclusive com novas passagens de Casemiro, sempre chegando desmarcado como surpresa. O problema para os donos da casa, contudo, foi desperdiçar tudo que criou após seu gol no primeiro tempo.

Quando o São Paulo diminuiu seu ritmo, o Santos conseguiu tornar seu meio-campo um pouco mais útil, passando a tocar a bola para se aproximar da meta de Denis ou colocar Neymar na partida. Assim, conseguiu, antes do intervalo, assustar em arremate de fora da área de Borges que Denis teve reflexo para espalmar.

Para se aproveitar da dinâmica menor dos anfitriões, Muricy Ramalho resolveu preencher mais seu meio-campo trocando o imperceptível Ibson por Elano. Ganhou força para ir à área, com o Santos passando os primeiros minutos do segundo tempo sempre perto de Denis.

O antes confuso Peixe deixava o Tricolor perdido. O gol de empate era questão de tempo, e se confirmou graças a um vacilo da defesa dos mandantes. Aos seis minutos, Neymar cobrou escanteio fechado, quase marcando gol olímpico. Denis evitou, mas espalmou para a pequena área, deixando a bola bater em Paulo Miranda e ficar à disposição para Edu Dracena só empurrar para as redes.

Com o empate, apareceu o desequilíbrio do Peixe: Neymar. O atacante iniciou o segundo tempo jogando em cima de Rodrigo Caio, ciente de que o volante improvisado na lateral direita já tinha cartão amarelo. Após tantos dribles, o jovem camisa 25 do Tricolor cometeu falta, foi advertido e deixou o time com um a menos a partir dos oito minutos do segundo tempo.

A expulsão mudou completamente o panorama da partida. Muricy Ramalho, em busca da vitória, colocou Felipe Anderson para aumentar a chegada ao ataque. Do outro lado, Leão trocou a armação de Jadson pela especialidade de Piris na lateral direita, alterando os duelos individuais no meio-campo.

E a mexida acabou sendo benéfica aos anfitriões. Lucas passou a atuar vindo de trás, em velocidade, como prefere, tabelando com Luis Fabiano. Mesmo com um a mais, o Peixe que corria atrás do adversário. E aos 19 minutos, após troca de passes entre Lucas e Luis Fabiano que teve até toque de calcanhar, só conseguiu parar o centroavante com falta na área. Pênalti que o camisa 9 bateu nas redes.

O Tricolor, enfim, acreditou que poderia respirar tranquilo apertando a marcação na meia-lua defensiva. Teve tanto sucesso que acabou com confiança demais, o que custou caro. Casemiro perdeu bola na entrada da área e ela chegou a Durval, que rolou para Neymar driblar Denis e empatar o clássico.

Entre tantas alternâncias, o Peixe, antes cansado, passou a usufruir melhor de sua superioridade numérica, pressionando. Mas também errou, esquecendo Lucas. E o garoto, em mais uma arrancada, deu o gol para Cortez e, após o lateral acertar a trave, ele mesmo colocou a bola nas redes, aos 41 minutos, sentenciando a festa são-paulina.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 3 X 2 SANTOS

Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 18 de março de 2012, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Público: 31.085 pagantes
Renda: R$ 1.115.902,00
Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza (SP)
Assistentes: Alberto Poletto Masseira e Alex Alexandrino (ambos de SP)
Assistentes adicionais: Luiz Flavio de Oliveira e Raphael Claus (ambos de SP)
Cartões amarelos: Cícero (São Paulo); Ibson, Adriano, Durval, Paulo Henrique, Rafael e Fucile (Santos)
Cartão vermelho:Rodrigo Caio (São Paulo)

Gols:
SÃO PAULO: Casemiro, aos oito minutos do primeiro tempo; Luis Fabiano (pênalti), aos 19, e Lucas, aos 41 minutos do segundo tempo
SANTOS: Edu Dracena, aos seis, e Neymar, aos 31 minutos do segundo tempo

SÃO PAULO: Denis; Rodrigo Caio, Paulo Miranda, Rhodolfo e Bruno Cortez; Denilson, Casemiro, Cícero e Jadson (Piris); Lucas e Luis Fabiano (Edson Silva)
Técnico: Emerson Leão

SANTOS: Rafael; Fucile, Edu Dracena, Durval e Paulo Henrique (Alan Kardec); Adriano (Felipe Anderson), Arouca, Ibson (Elano) e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges
Técnico: Muricy Ramalho

sexta-feira, 16 de março de 2012

Alvinegro fez 3 a 1 no Juan Aurich com gols de Fucile, Ganso e Borges


Nem o gramado sintético do Estádio Elias Aguirre, em Chiclayo, no Peru, impediu a vitória do Santos sobre o Juan Aurich: 3 a 1. O resultado colocou a equipe na segunda colocação do Grupo 1 da Libertadores, com o mesmo número de pontos de Internacional, em primeiro lugar, e o The Strongest, em terceiro. Fucile, Paulo Henrique Ganso e Borges marcaram os gols do time brasileiro.

O Santos começou mal a partida e tomou o primeiro gol aos 14 minutos do primeiro tempo. O time, no entanto, teve tempo de se recuperar e conseguiu a virada de forma convincente.

Neymar não foi brilhante como na partida anterior da Libertadores, quando fez três gols no Internacional, mas participou ativamente do jogo. Até tentou dar um drible de carretilha, mas preferiu cavar a falta a completá-lo. O melhor santista, desta vez, foi Paulo Henrique Ganso, que balançou as redes uma vez, deu uma assistência que resultou em gol e, no parte final do jogo, quase fez um 'gol de Pelé'. O goleiro Penny saiu jogando errado e o meia santista chutou quase do meio campo. Só que a bola passou por cima da trave.

O Santos volta a enfrentar o Juan Aurich na próxima quinta-feira, na Vila Belmiro.

(Com Agência Estado)
FICHA TÉCNICA

JUAN AURICH (PER) 1 x 3 SANTOS

Local: Elias Aguirre, em Chiclayo (PER)
Data/Hora: 15/3/2012 – 19h45
Árbitro: Roberto Silvera (URU)
Assistentes: Mauricio Espinoza (URU) e Gabriel Popovits (URU)

Renda/público: Não disponíveis
Cartões Amarelos: Quina, Guizasola, Contreras, Fleitas e Valencia (Juan Aurich); Fucile, Henrique e Juan (Santos)
Cartões Vermelhos: Guadalupe, 12'/2°T
GOLS: Tejada, 14'/1°T (1-0); Fucile, 36'/1°T (1-1); Ganso, 39'/1°T (1-2); Borges, 24'/2°T (1-3)

JUAN AURICH (PER): Penny; Guizasola, Guadalupe, Fleitas e Quina; Valencia, Rojas, Cueto (Contreras, aos 15'/2°T) e Kahn; Zuñiga e Tejada. Técnico: Diego Umaña

SANTOS: Rafael; Fucile, Edu Dracena, Durval e Juan; Arouca, Henrique (Adriano, aos 47'/2°T), Ibson e Ganso; Neymar e Borges (Alan Kardec, aos 35'/2°T). Técnico: Muricy Ramalho.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Técnico do Santos chama Joia de 'fenômeno' e diz que até 2014 o atacante estará perto de Lionel Messi


Depois do show de Neymar na noite desta quarta-feira, contra o Internacional, em que fez os três gols da vitória do Santos por 3 a 1, a entrevista coletiva do técnico Muricy Ramalho foi de exaltação ao craque. O comandante santista não poupou elogios à Joia e, a cada pergunta, tentou explicar o "fenômeno", como assim definiu o atacante.
Muricy disse que, em todo o seu tempo de futebol, como jogador que brilhou na década de 70 pelo São Paulo, e como treinador, nunca viu algo parecido com Neymar perto de si.
- Trabalhei com muita gente boa, joguei com muita gente boa, mas como Neymar não, nada parecido. Eu já joguei com jogadores que tinham um improviso, mas ele faz o improviso em cima do improviso, acho que nem ele se dá conta das coisas que ele faz. Ele dá um drible e muda em cima do próprio drible - disse o técnico.

A rapidez, acho que ele nem acompanha, é muito dificil driblar em velocidade. Nunca trabalhei com alguem assim - completou o comandante.
Muricy continou os elogios e disse que até 2014 Neymar tem tudo para se aproximar do argentino Lionel Messi, que, nesta quarta, marcou cinco gols pelo Barcelona, na Liga dos Campões da Europa.
- Acho que do nível do que ele está é um craque um pouco mais avançado, para chegar a melhor do mundo. Acho que está entre os cinco melhores fácil. Não é que ele faz com time fraco, fez hoje com um dos melhores do país, para fazer o que fez hoje não é fácil. Tem que ser muito bom - exaltou Muricy.
Com show de Neymar, Santos bate o Internacional por 3 a 1 na Vila


Por fim, Muricy ainda elogiou a atitude dos jogadores do Internacional. Após a partida, um por um, os colorados se digiriram à Joia para parabenizar pela grande atuação.
- Infelizmente, não vi essa atitude, que ótimo que aconteceu. Futebol é sempre essa briga, aí acabou todo mundo sai fora, mas veio o reconhecimento do adversário, que você jogou muito e nosso time jogou muito - definiu Muricy.
Após entrar para a história com os golaços no dia em que completou três anos como profissional, Neymar concederá entrevista coletiva nesta quinta-feira, no CT Rei Pelé.


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segunda-feira, 5 de março de 2012

Ibson, que fez boa partida, marcou o gol da vitória na reabertura da Vila


O técnico Muricy Ramalho não preservou nenhum dos jogadores considerados titulares do Santos no clássico deste domingo, ao contrário do colega Tite. E não se arrependeu. Com a sua força máxima e o apoio da maioria da torcida presente na Vila Belmiro, a equipe do litoral derrotou o maior rival Corinthians por 1 a 0, com gol de Ibson, e ganhou ainda mais confiança para o seu próximo compromisso na Copa Libertadores da América.

Na noite de quarta-feira, o Santos voltará à Vila Belmiro para enfrentar o Internacional, pelo torneio continental. O Corinthians, que também prioriza a Libertadores, receberá o Nacional no mesmo dia, no Pacaembu, contando com o seu time principal. O lateral direito Alessandro, os zagueiros Leandro Castán e Chicão, o volante Paulinho, o meia Danilo e os atacantes Liedson e Emerson, por exemplo, não foram titulares neste final de semana.

Apesar da derrota no clássico e do fim de sua invencibilidade, o Corinthians continua tranquilo no Campeonato Paulista. É o líder, com 29 pontos ganhos, e receberá o Guarani no próximo sábado com a meta de abrir mais vantagem para os concorrentes. O Santos subiu para 27 pontos na tabela de classificação e pretende ultrapassar o rival com uma nova vitória, sobre o Mogi Mirim, no Estádio Romildo Vitor Ferreira.

O jogo – Santos e Corinthians entraram em campo com uma campanha conjunta. Os times saíram dos vestiários para saudar o público na Vila Belmiro com camisetas contra o uso de bebida alcoolicas pelos motoristas. Quando cada um vestia apenas o seu uniforme alvinegro, no entanto, a união entre os rivais acabou. Os condutores Muricy Ramalho e Tite, atentos, berraram tanto quanto os mais animados torcedores contra qualquer sinal de um jogador desnorteado

Tite tinha mais motivos para estar preocupado. Ele escalou uma equipe mista no clássico, já projetando o próximo compromisso do Corinthians na Libertadores, e apostou até no inexperiente Marquinhos ao lado de Wallace na zaga. ‘Corremos ricos em tudo na vida, mas o Marquinhos vem se preparando desde as categorias de base’, comentou, confiante, no mesmo instante em que Neymar sorria para a torcida ao lado do filho Davi Lucca.

‘Estou muito feliz’, comentou Neymar, que levara o seu herdeiro pela primeira vez ao estádio. Animado desde retornar de amistoso da Seleção Brasileira, ele sabia que (como de costume) todos os holofotes estariam sobre si no clássico. E justificou o assédio. Pediu bola desde os primeiros minutos, perdeu algumas disputas para Ralf e o jovem Marquinhos e não desanimou. Até porque, do outro lado, o centroavante Adriano também era desarmado com frequência – para delírio da torcida santista

Como atuava em casa e com seus titulares, o Santos tomou a iniciativa de atacar. Enquanto uma faixa provocativa era lançada ao ar pelos torcedores, com a inscrição ‘gambá’, Neymar, Paulo Henrique Ganso e Borges também se esforçavam para tirar do sério os defensores do Corinthians. O melhor caminho era pelo lado esquerdo do gramado, onde Weldinho e Edenílson davam brechas na marcação e facilitavam o trabalho de Juan.

De tanto insistir, o Santos conseguiu acertar a rede. Aos 35 minutos, Neymar (que treinou bastante as jogadas de bola parada na véspera, até imitando o português Cristiano Ronaldo) cobrou falta da direita, e Durval cabeceou para o gol. O lance foi corretamente anulado, por impedimento. O susto serviu para soltar um pouco mais o Corinthians, através da velocidade de Alex, Willian e Jorge Henrique – nem sempre acompanhada por Adriano

Não foi o robusto centroavante, contudo, que desperdiçou a melhor chance de gol do Corinthians no primeiro tempo. Aos 41, o goleiro Rafael falhou feio na reposição e deu a bola de presente para Jorge Henrique, que também se atrapalhou e permitiu que Durval afastasse o perigo da área do Santos. O time da casa ainda voltou a se impor nos últimos minutos antes do intervalo, mas sem fazer o suficiente para começar a etapa complementar em vantagem.

O começo do segundo tempo estava reservado para a bola entrar. Primeiro aos três minutos, quando Neymar deu uma bicicleta e encontrou Borges (impedido) livre de marcação dentro da área do Corinthians. O goleador conferiu, e a torcida do Santos festejou – até o árbitro anular a jogada. Aos 12, o gol valeu. Ganso deu uma linda enfiada para Ibson, que venceu a linha de impedimento corintiana desta vez e concluiu na saída de Julio Cesar

Tite reagiu de imediato e colocou o peruano Cachito Ramírez na vaga de Willian. O que não impediu o Santos de continuar no ataque. Nas raras investidas do Corinthians naquele momento, Adriano se mostrava cada vez mais inofensivo. Ele nem se mexeu para tentar receber um cruzamento da direita de Jorge Henrique, aos 23. E foi substituído por Elton logo em seguida, vaiado pelos santistas. O contraste apareceu quando Ibson e Borges saíram aplaudidos para as entradas de Elano e Alan Kardec.

Após as alterações, o Santos manteve o controle do jogo, com Neymar e Ganso ariscos para atacar. Tite gastou a sua última ficha com Paulinho no lugar de Weldinho, mas não contava com uma lesão de Wallace. O zagueiro conseguiu permanecer em campo, mancando, e não teve o seu esforço recompensado com um gol de empate. Ao contrário. Ouviu a torcida rival gritar ‘olé’.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 1 x 0 CORINTHIANS

Local: Estádio Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 4 de março de 2012, domingo
Horário: 16 horas (horário de Brasília)
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP)
Assistentes: Herman Brumel Vani e Danilo Ricardo Simon Manis (ambos de SP)
Assistentes adicionais: Marcelo Rogério e Leandro Bizzio Marinho (ambos de SP)
Público total: 12.818 torcedores
Renda: R$ 284.240,00
Cartões amarelos: Henrique e Fucile (Santos); Marquinhos e Elton (Corinthians)
Gol: Ibson, aos 12 minutos do segundo tempo

SANTOS: Rafael; Fucile, Edu Dracena, Durval e Juan; Henrique, Arouca (Felipe Anderson), Ibson (Elano) e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges (Alan Kardec). Técnico: Muricy Ramalho

CORINTHIANS: Julio Cesar; Weldinho (Paulinho), Marquinhos, Wallace e Fábio Santos; Ralf, Edenílson e Alex; Willian (Cachito Ramírez), Adriano (Elton) e Jorge Henrique. Técnico: Tite

sexta-feira, 2 de março de 2012

Após golear a Ponte Preta sem dó nem piedade, Peixe visita o Bugre e faz o necessário para vencer e ultrapassá-lo na tabela


A cota de shows do Santos contra os campineiros já estava esgotada. Após golear a Ponte Preta por 6 a 1, o Peixe visitou o Guarani nesta quarta-feira, em Campinas, e venceu por 2 a 0, com o segundo gol saindo só aos 44'/2ºT. Ibson e Arouca marcaram.
Foi a primeira derrota do Bugre no Brinco de Ouro da Princesa, após cinco jogos invictos. Com o resultado, o Santos chegou a sua sexta vitória seguida no Paulistão Chevrolet e alcançou a terceira colocação na tabela. Já o time da casa caiu para quarto.
O PRIMEIRO TEMPO
Mesmo sem Rafael, Ganso e Neymar (na Seleção Brasileira), além de Fucile (na seleção uruguaia) e Borges, gripado, o Santos parecia que ia fazer um grande jogo. Isso porque, com apenas cinco minutos, após cruzamento de Juan, Dimba ajeitou com o peito para a batida firme de Ibson, que abriu o marcador.
A equipe de Muricy Ramalho, porém, parou de jogar ali. Pior: passou a sofrer pressão por todos os lados do time de Campinas. Até Aranha pensou em ajudar. Por duas vezes se embananou com a bola, recuperando-se na sequência.
Pelo setor direito da zaga do Santos, onde Crystian e Edu Dracena davam espaço, Fabinho teve várias chances. Aos 36 minutos, Bruno Recife até marcou por ali, mas a arbitragem assinalou impedimento. A pressão bugrina, porém, não resultado em gols.


SEGUNDO TEMPO
O Santos iniciou a etapa final da mesma forma como terminou a inicial: pouco perigoso. Assim, só levava algum susto em bolas alçadas por Elano em batidas de falta.
Já o time de Vadão continuava atrás do gol de empate. As principais chances vieram com jogadores que saíram do banco de reservas. Aos 26, Max Pardalzinho cruzou com perigo, mas a bola atravessou toda a área. Três minutos depois, Bruno Mendes cebeceou com perigo para fora.
O último suspiro foi aos 42 minutos. Da entrada da área, Danilo Sacramento chutou com efeito à direita do gol de Aranha. Aí, prevaleceu a máxima de "quem não faz toma". Em contra-ataque, Alan Kardec tocou para Arouca, que driblou o goleiro e definiu o placar.
Na próxima rodada, o Bugre visita o Bragantino no sábado, às 18h30, no Nabi Abi Chedid e o Santos faz o clássico contra o Corinthians no dia seguinte, às 16h, na Vila Belmiro.
FICHA TÉCNICA
GUARANI 0 X 2 SANTOS
Estádio: Brinco de Ouro, Campinas (SP)
Data/hora: 29/2/2012 - 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araujo
Auxiliares: Alexandre Basilio Vasconcellos e Rodrigo Soares Aragão
Renda/Público: R$ 160.047,00/ 10.720 pagantes
Cartões Amarelos: Juan (SAN)
GOLS: Ibson, aos 5'/1ºT e Arouca, aos 44'/2ºT
GUARANI: Emerson; Bruno Peres (Max Pardalzinho, aos 24'/2ºT), Domingos, Neto, Bruno Recife; Wellington Monteiro (André Leone, aos 44'/2ºT), Fábio Bahia, Danilo Sacramento, Fumagalli; Fabinho e Ronaldo (Bruno Mendes, aos 28'/2ºT). Técnico Vadão.
SANTOS: Aranha, Crystian (Anderson Carvalho, aos 20'/2ºT), Edu Dracena, Durval e Juan; Arouca, Henrique, Ibson (Tiago Alves, aos 40'/2ºT) e Elano; Alan Kardec e Dimba (Felipe Anderson, aos 43'/1ºT). Técnico: Muricy Ramalho.


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