Postagem em destaque

VITÓRIA POR 1X0 E AVANÇO NA COPA DO BRASIL

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vasco bate o Santos na Colina e desencanta após seis partidas


Equipe faz 3 a 1 no Peixe com gols de Fágner, Felipe e Eder Luis

Por Fred HuberRio de Janeiro
Depois de seis partidas sem saber o gosto da vitória, o Vasco fez 3 a 1 no Santos, nesta terça-feira, em São Januário, e voltou a dar alegria aos seus torcedores na 26ª rodada. Com o resultado, a equipe da Colina chega a 33 pontos no Campeonato Brasileiro e está em 12º lugar, com um jogo a menos. Os gols foram marcados por Fágner, Felipe e Eder Luis. Danilo descontou para os paulistas. O Peixe não esteve em uma noite inspirada, assim como Neymar, que pouco conseguiu criar, e permanece com 38, na sexta posição.
Vasco se encontra e abre vantagem no placar
A partida na Colina começou morna, com as duas equipes se estudando demais. O Vasco bem que tentou dar velocidade ao jogo, mas foi o Santos que colocou a bola no chão e, atacando pelas laterais do campo, foi mais perigoso no início. A felicidade dos cruzmaltinos era o insucesso de Neymar, que, vigiado de perto, pouco conseguia criar. Quando o atacante levou uma bolada, a torcida foi à loucura.
 A primeira boa chance do Peixe aconteceu aos dez minutos. Danilo avançou pela direita e cruzou na medida para Marcel, que, em boas condições de finalizar, tentou um voleio e furou. Ainda desencontrado em campo, principalmente por causa dos desfalques, o Vasco tinha apenas uma boa arma: os avanços pela direita de Fágner, Zé Roberto e Eder Luis. E foi desta forma que marcou seu primeiro gol.
Aos 30, Eder Luis foi lançado, driblou Alex Sandro e tocou para trás na direção de Fágner, que mandou de primeira e acertou o ângulo esquerdo do goleiro Rafael: 1 a 0 e muita vibração da torcida vascaína nas arquibancadas de São Januário. Não demorou para o Gigante da Colina armar outro contra-ataque rápido. Aos 34, Felipe deu ótimo passe para Rafael Coelho, que invadiu a área e foi derrubado pelo goleiro. Coube ao camisa 6, que até então estava apagado na partida, fazer a cobrança. Ele bateu no canto esquerdo de Rafael, que defendeu e a bola bateu na trave. No rebote, o próprio meia, de perna direita, finalizou e colocou 2 a 0 no placar. Foi o primeiro no retorno ao clube. Na comemoração, foi abraçar o preparador físico Jorge Sotter.
Santos diminui, mas Vasco fecha o caixão no último minuto
Na volta para o segundo tempo, o jogo ganhou mais emoção, já que o Peixe partiu para cima para tentar diminuir o prejuízo. E conseguiu fazer logo no início, ajudado por uma falha individual de Titi. O zagueiro bobeou na frente de Arouca, que roubou a bola e serviu Danilo. Na saída de Fernando Prass, o lateral-direito tocou para o fundo da rede: 2 a 1.
vasco comemora gol sobre o santosJogadores do Vasco comemoram o gol de Felipe
(Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)
Vendo o crescimento do Santos, Paulo César Gusmão modificou o Vasco: Fellipe Bastos, Rafael Coelho e Felipe saíram para as entradas de Romulo, Jonathan e Allan, respectivamente. Mas as alterações não impediram que a equipe recuasse. A aposta era os contra-ataques, principalmente na velocidade de Eder Luis.
A missão cruzmaltina ficou mais difícil a partir dos 31 minutos, quando Jumar fez falta em Neymar e levou o segundo cartão amarelo e em seguida o vermelho. Com isso, o Santos se lançou de vez a ataque, já que Roberto Brum deu lugar a Tiago Luis. A melhor chance foi já perto do fim, aos 43, com Neymar. O atacante tentou encobrir o goleiro Fernando Prass, mas chutou por cima do gol.
Aos 47, Danilo mandou uma bomba de longe, e Fernando Prass voou para fazer uma grande defesa. O golpe final do Vasco veio aos 49, quando Eder Luis fez fila, entrou na área e tocou na saída do goleiro Rafael: 3 a 1. Fim de jogo e comemoração dos poucos vascaínos que foram ao jogo (2.819 pagantes).

Na próxima sexta-feira, às 21h (de Brasília), o Vasco recebe o Goiás em São Januário. O Santos, no sábado, às 16h, faz o clássico com o Palmeiras na Vila Belmiro.
VASCO 3 X 1 SANTOS
Fernando Prass, Fágner, Titi, Cesinha e Max; Jumar Fellipe Bastos (Romulo), Felipe (Allan) e Zé Roberto; Eder Luis e Rafael Coelho (Jonathan).
Rafael, Danilo, Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Roberto Brum, Arouca e Marquinhos (Alan Patrick); Zezinho (Pará), Marcel e Neymar
Técnico: PC GusmãoTécnico: Marcelo Martelotte
Gols: Fágner, aos 30, e Felipe, as 35 minutos do primeiro tempo. Danilo, aos dez, e Eder Luis aos 49 da segunda etapa.
Cartões amarelos: Fellipe Bastos, Rafael Coelho, Jumar, Romulo (VAS); Arouca, Rafael, Pará, Alex Sandro, Durval (SAN).
Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro. Data: 28/09/2010. Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF). Auxiliares: Marrubson Freitas (DF) e Guilherme Camilo (MG).
Público: 2.819 pagantes
Renda: R$ 62.720,00

sábado, 25 de setembro de 2010

Neymar brilha, Santos goleia e breca a ascensão do Cruzeiro em Barueri


Garoto mostra que está recuperado de toda a polêmica dos últimos dias. Participa de todos os quatro gols santistas. Alex Sandro faz golaço também

Por Adilson Barros e Tiago LemeBarueri, SP
Neymar está de volta, com coreografia e tudo. O garoto que nos últimos dias só apareceu como pivô de polêmicas, voltou a fazer o que sabe, e bem: jogar futebol. Com uma excelente atuação, liderou o Santos na goleada sobre o Cruzeiro, por 4 a 1, neste sábado à noite, na Arena Barueri. O atacante participou das jogadas dos três primeiros gols e fez o seu no último lance da partida. O Alvinegro, que jogou parte do segundo tempo com um a menos (Zé Eduardo foi expulso) breca a ascensão da Raposa e volta a sonhar com o título, já que tem 38 pontos na 25ª rodada do Brasileirão, mas com um jogo a menos, na quinta colocação. Os mineiros têm 44 e seguem em terceiro.
O Cruzeiro percebeu logo no início que o caminho era nas costas do lateral-esquerdo Léo. Thiago Ribeiro foi jogar por ali e criou boas chances. A Raposa só não abriu o placar porque o atacante foi fominha, preferiu chutar direto quando o melhor caminho era cruzar em alguns lances.
O Peixe tinha mais posse de bola (53% a 47%), mas apresentava problemas de armação de jogadas. O técnico Marcelo Martelotte optou por escalar três atacantes e apenas um meia. Um dos homens de frente era Zé Eduardo, que abandonou a marcação das saídas de bola adversárias e comprometeu o meio de campo alvinegro. O meia era Marquinhos. Lento, ele não conseguia dar sequência às jogadas. Tanto que o time alvinegro só criou chances quando o volante Roberto Brum resolveu assumir a armação. Ele deu passes precisos, verdadeiras assistências, para Zé Eduardo e Marcel, que perderam as chances. Neymar, muito recuado, tentando impedir as decidas de Diego Renan, lateral-esquerdo cruzeirense, não conseguiu criar nada. Simplesmente não funcionou nessa função.
Marcel Neymar gol SantosMarcel, Neymar e Zé Eduardo festejam mais um gol do Santos (Foto: Ag. Estado)

Embora o volume de jogo do Santos fosse maior, foi o Cruzeiro quem criou as melhores chances. Aos 34, Thiago Ribeiro recebeu livre e chutou forte. A bola bateu na trave, nas costas do goleiro Rafael e saiu. A Raposa chegou até a balançar as redes. Aos 36, Farías apareceu pela esquerda e marcou. Mas a arbitragem já havia marcado impedimento antes do argentino completar para o gol. Ele acabou levando amarelo. A posição era legal. Mancada da arbitragem. Reclamação do time mineiro.

Neymar voltou para o segundo tempo jogando do jeito que gosta: aberto pelo lado esquerdo. Na primeira vez que recebeu (outro bom passe de Brum), dominou e achou Zé Eduardo na área. O atacante dominou, virou e chutou. Fábio rebateu nos pés de Marcel, que abriu o placar.
O Peixe era melhor e encurralava o Cruzeiro. Brum, colado em Montillo, não deixava o argentino respirar. Vendo que seu time estava preso, o técnico Cuca resolveu mexer: tirou o volante Fabrício para colocar o meia Roger. O jogo estava nas mãos da equipe santista quando Zé Eduardo, que já tinha o cartão amarelo por reclamação, acertou o rosto de Diego Renan e acabou expulso.
Aí Cuca foi para o tudo ou nada. Sacou Diego para colocar o atacante Robert. Escancarou sua equipe e deu campo para o Peixe contra-atacar. Erro fatal. Martelotte, por sua vez, sacou Marcel e colocou o lateral-esquerdo Alex Sandro jogando pelo meio, fechando espaços, mas saindo para tabelar com Neymar. Mesmo com um a menos, o Santos era melhor. Bem posicionado, marcando forte e saindo rápido, o time praiano chegou ao segundo gol aos 24 minutos. Neymar foi derrubado por Edcarlos na meia esquerda. Falta que Marquinhos cobrou na cabeça de Edu Dracena. O capitão só teve o trabalho de desviar para as redes.

O jogo parecia sob controle do Santos, pois o Cruzeiro, desordenado, não conseguia acertar os passes. Mas aos 35, Montillo acertou. Achou Robert na esquerda. O atacante chutou forte, Rafael fez uma grande defesa e a bola sobrou para Thiago Ribeiro encher o pé. Mesmo sem ângulo, ele acertou o alvo e diminuiu.
O gol, porém, não modificou o panorama da partida. Pelo contrário. Bem postado, o Peixe tinha espaços e matou o jogo com uma obra de arte. Neymar pegou a bola pela esquerda, deu um passe de calcanhar para Alex Sandro. O garoto avançou pela esquerda, deu o drible da vaca no marcador, e, na saída de Fábio, com um toque de canhota, encobriu o goleiro.
Faltava o dele. Neymar, que havia participado dos três gols, recebeu a bola, agora na direita. Tirou os marcadores para dançar, deixou Caçapa no chão e tocou por baixo de Fábio. Na comemoração, garoto fingiu que estava digitando, como se estivesse no computador. Até as coreografias voltaram.
SANTOS 4 X 1 CRUZEIRO
Rafael, Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Zezinho); Roberto Brum, Arouca e Marquinhos (Adriano); Zé Eduardo, Marcel (Alex Sandro) e Neymar.Fábio; Jonathan, Cláudio Caçapa, Edcarlos e Diego Renan (Robert); Fabrício (Roger), Fabinho (Elicarlos), Everton e Montillo; Farías e Thiago Ribeiro.
Técnico (interino): Marcelo MartelotteTécnico: Cuca
Gols: Marcel, aos 9, Dracena, aos 24, Thiago Ribeiro, aos 35, Alex Sandro, 43, Neymar, aos 45 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Roberto Brum, Zé Eduardo (Santos), Farías, Montillo, Diego Renan, Fabinho, Edcarlos (Cruzeiro); Cartão vermelho: Zé Eduardo (Santos)
Renda e público R$ 192.530,00/9.542 pagantes
 
Local: Arena Barueri, em Barueri (SP). Data: 25/9/2010. Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez (Fifa/RJ). Auxiliares:  Ricardo de Almeida (RJ) e Marco Aurélio Pessanha (RJ)

domingo, 19 de setembro de 2010

Sob olhares de Neymar, Santos joga mal e empata sem gols com Guarani


Mesmo punido, atacante viaja a Campinas, mas Peixe tem atuação discreta no Brinco de Ouro e não consegue se aproximar do G-4 do Brasileiro 2010

Afastado pela diretoria por indisciplina, Neymar foi até Campinas neste domingo acompanhar o desempenho do Santos contra o Guarani. E, das tribunas do Brinco de Ouro, o jogador viu como faz falta ao Peixe. Com uma atuação irregular e muito dependente de Madson, o Alvinegro apenas empatou sem gols com o Bugre, perdendo boa chance de encostar no G-4 do Campeonato Brasileiro.
O resultado eleva o Santos para a marca dos 35 pontos, na sexta colocação. Um triunfo no interior teria feito a equipe do litoral chegar aos 37, apenas um abaixo do Internacional, quarto colocado neste momento. O líder Corinthians bateu o Grêmio Prudente no sábado e atingiu os 44 pontos.
O Timão, aliás, será o próximo adversário do Peixe, quarta-feira, às 22h, na Vila Belmiro. A incógnita está na participação de Neymar. A diretoria santista promete decidir nesta segunda-feira se o jogador retornará ou se terá uma punição maior após os problemas indisciplinares com o técnico Dorival Júnior na semana passada.
O Guarani também desperdiça pontos importantes para subir na tabela. A equipe vinha de três vitórias consecutivas em casa – Flamengo, Fluminense e Atlético-PR. Com o tropeço, sobe para 30 pontos, em nono lugar. Na quarta-feira, às 19h30m, enfrenta o São Paulo, no Morumbi.
Bugre e Peixe apagados no primeiro tempo
 O bom futebol passou longe do Brinco de Ouro no início da partida. Tanto Guarani quanto Santos sentiram as ausências de seus principais jogadores. Sem Mazola, o Bugre perdeu força ofensiva e velocidade. Por isso, optou por esperar o Peixe no campo defensivo, deixando Ricardo Xavier isolado entre os zagueiros.
Apesar de ter mais posse de bola, o Santos também não assustou. Madson e Léo pouco fizeram pelo lado direito. O meio de campo foi improdutivo. Cercados por Paulo Roberto, Renan e Baiano, os armadores Marquinhos e Alex Sandro nada conseguiram criar para Zé Eduardo, único mais à frente.
Com os problemas do ataque, Dorival Júnior abriu Madson pelo lado direito, e o Santos teve uma leve melhora. A primeira chance veio apenas aos 31 minutos, em uma bobeira da defesa bugrina. Após lançamento, a defesa não cortou e Madson tocou para Zé Eduardo. Da entrada da área, ele bateu por cobertura na saída de Douglas, mas errou o alvo.
O Santos voltou a levar perigo, aos 37, em nova jogada de Madson pela direita. Ele driblou Márcio Careca, invadiu a área e bateu cruzado. O goleiro defendeu.
Santos domina, mas não marca
O segundo tempo começou com o Santos levando perigo. Madson continuou sendo a melhor opção ofensiva. Aos quatro minutos, Marquinhos recebeu passe do baixinho ainda fora da área e arriscou. Douglas, bem colocado, espalmou no ângulo esquerdo. O Guarani respondeu ao 15, com Geovane quase acertando uma cabeçada após cruzamento de Márcio Careca.
Insatisfeito com a produtividade da equipe, Dorival Júnior mexeu no setor ofensivo, com as entradas do meia Alan Patrick e do atacante Tiago Luís nos lugares de Marquinhos e Zé Eduardo, respectivamente. Vagner Mancini também tentou fazer o Bugre melhorar, com o meia-atacante Reinaldo na vaga de Mário Lúcio.
Se tocando a bola estava difícil criar e chegar à área do Guarani, o Santos voltou a arriscar em chutes de longa distância. Aos 26, Alan Patrick quase marcou assim. Ele soltou a bomba de fora da área e Douglas voou alto para espalmar no ângulo esquerdo. O Bugre só chegou aos 38. Márcio Careca pegou rebote na entrada da área e chutou. A bola desviou na zaga e quase entrou no canto direito. Muito pouco para dois times que sonhavam com melhores posições na tabela.
GUARANI 0 X 0 SANTOS
Douglas; Apodi, Fabão, Aílson e Márcio Careca; Renan, Paulo Roberto, Baiano (Fabiano) e Mário Lúcio (Reinaldo); Geovane (Rodrigo Heffner) e Ricardo Xavier.Rafael, Maranhão, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Danilo, Alex Sandro e Marquinhos (Alan Patrick); Zé Eduardo (Tiago Luís) e Madson (Marcel).
Técnico: Vagner ManciniTécnico: Dorival Júnior
Gols:
Cartões amarelos: Renan, Reinaldo, Fabão (Guarani); Edu Dracena, Tiago Luís, Léo (Santos)
Estádio: Brinco de Ouro, em Campinas. Data: 19/09/2010. Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP). Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP) e Danilo Manis (SP). Público: 10.998 torcedores.
Renda: R$ 240.725,00.