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domingo, 12 de maio de 2013

Quase tetra, Pepe e Edu torcem por feito histórico de geração Neymar


O tricampeonato paulista colocou nomes como Neymar, Edu Dracena, Rafael, Arouca e companhia na história do Santos. Diante do Corinthians, em uma decisão que começa neste domingo, às 16h (de Brasília), no Pacaembu, o Peixe tenta ser o primeiro clube a vencer o Estadual quatro vezes seguidas desde 1919. Um feito que nem a geração de Pelé alcançou, batendo na trave duas vezes desde então. O primeiro "quase" foi em 1963, ainda no começo da era Pelé. O Santos campeão paulista de 1960 a 1962 já empilhava títulos como a Taça Libertadores (1962), o Mundial de Clubes (1962) e o bi da Taça Brasil (1961 e 1962). Naquele ano, o Peixe conquistou outra vez o Brasil, a América e o mundo, mas viu o Palmeiras quebrar a sequência de vitórias no Paulistão. Ao Alvinegro, restaram o terceiro lugar e o melhor ataque do torneio (69 gols). Ponta-esquerda do primeiro tri alvinegro, José Macia, o Pepe, recorda que há 50 anos o Santos teve de dividir as atenções do Estadual com a preparação para o Mundial. O Canhão da Vila admite que apesar do Paulista ser importante, as atenções do grupo estavam nos jogos diante do Milan, da Itália. - Em 1962, quando ganhamos a Libertadores, a preocupação o Mundial, então muitas vezes a gente jogou no Paulista com time misto. Só que nós tínhamos um elenco muito forte, e naquele ano (1962) recuperamos o prejuízo. Mas em 63, foi curioso... Jogamos com o Milan dia 16 de novembro e quatro dias depois pegamos o Palmeiras no Pacaembu (derrota por 1 a 0). Daí nós enfrentamos o Botafogo-SP na Vila e levamos 4 a 1. Em seguida, apanhamos de cinco (a um) da Ferroviária, também em casa. Tínhamos nos esgotado tanto nos jogos do Mundial que levamos essas bordoadas (risos) - recorda, com apoio da inseparável agenda onde registra as partidas das quais participou. Pepe, no entanto, nega que o Paulistão fosse pouco relevante. - (O Paulista) Era importante, sim. Gostávamos de jogar por aquela rivalidade que existia, principalmente com o Corinthians. Quando ganhávamos, independentemente do torneio, era para se festejar - conta. Sete temporadas depois, o Santos teve nova chance para ser tetra, mas viu o São Paulo ficar com o caneco. Outra vez com o melhor ataque do Estadual (34 gols), Pelé e companhia encerraram o Paulista apenas em quarto lugar. O "quase", no entanto, não tira o sono de Edu. Ex-ponta esquerda e mais jovem atleta a ser convocado para uma Copa do Mundo, o santista explica que, à época, os próprios jogadores não tinham noção do que representava um tetracampeonato estadual. - Recordo bem do tri. Em 67, foi meu primeiro título pelo Santos. Depois ganhamos também em 68 e 69... Mas éramos garotos, não tínhamos ideia do que representava aquilo tudo. Só pensávamos em ser campeões, em jogar bola. Não imaginávamos que teria a proporção de hoje, que levaria mais de 40 anos para outro time ser tricampeão paulista. Agora é que se dá mais ênfase à possibilidade que tivemos naquele ano, pelo Santos estar próximo do tetra. E, se Deus quiser, seremos tetra (risos) - diz. Na expectativa Quarenta e três anos depois, o Santos tem uma nova oportunidade para o tetra. Pepe e Edu acreditam que a safra de Neymar tem condições de alcançar o feito que eles próprios não conseguiram, mas adotam cautela. Eles não veem o Alvinegro como favorito e apontam algumas deficiências na equipe, como a dependência de Neymar. - Não dá para fazer comparações com a nossa época. Tínhamos nosso esquema de jogo, mas também o Pelé. Ele resolvia, mas se não estivesse bem, havia outros jogadores para decidir. O time atual tem virtudes, tem o Cícero se destacando, é uma equipe forte... Mas alguns jogadores ainda não se encaixaram. O Montillo, por exemplo, ainda não jogou metade do que já fez no Cruzeiro. Quando encaixar, o que espero que ocorra nessas finais, será maravilhoso - cita Edu. - Não tivemos a chance (do tetra), mas eles terão. A caminhada deles até foi mais tranquila... A gente passava meses viajando de avião para amistosos e campeonatos (risos). O time do Santos é bom, mas o daquela época tinha um ataque que não era só o Pelé. Há jogadores de qualidade hoje, mas, por exemplo, quando Coutinho e Pelé se olhavam, um já sabia o que o outro faria. Acho que falta a esses jogadores um entendimento maior com relação à movimentação do Neymar - conclui Pepe. Lincoln Chaves http://globoesporte.globo.com/

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