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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sem Robinho, sem brilho e sem dancinha

Sem Robinho, sem brilho e sem dancinha (Gustavo Tilio / GLOBOESPORTE.COM)




Desfalcado e nada inspirado, Santos é derrotado pelo Palmeiras no Pacaembu: 2 a 1

Luiz Felipe Scolari ainda não se sentou no banco de reservas, não comandou treino, mas os jogadores do Palmeiras parecem já ter incorporado um pouco do jeitão gaúcho do técnico. Com um celular em punho nas tribunas, o pé-quente Felipão deu seus “pitacos” para que o Verdão mostrasse muita raça e vencesse um desfalcado Santos por 2 a 1, nesta fria quinta-feira, no Pacaembu, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Ewerthon, com um chutaço de fora da área, e o estreante Tinga marcaram para os alviverdes. Marcel, em outro golaço, descontou no fim.
O resultado não só renova ainda mais o ânimo alviverde para uma nova era como faz a equipe respirar na competição. O Palmeiras não vencia há quatro partidas (desde 22 de maio) e sofria com a cobrança pesada da torcida. O time pula para 12 pontos, atingindo a sétima colocação.
Ao Santos resta lamentar. O Peixe tinha a chance de se aproximar dos líderes, porém, sentiu as ausências de Robinho, Léo, Marquinhos e Paulo Henrique Ganso, que entrou apenas no segundo tempo. Com a derrota, a segunda no torneio, segue com 12 pontos e se mantém na quarta colocação graças aos critérios de desempate - Flamengo, Cruzeiro, Guarani e o próprio Palmeiras têm a mesma pontuação.
Na próxima rodada, o Verdão vai a Florianópolis enfrentar o Avaí, domingo, às 16h (de Brasília), na Ressacada. No mesmo dia, mas às 18h30m, o Santos recebe o Fluminense na Vila Belmiro.
Um foguete chamado Ewerthon
Apresentado na hora do almoço na Academia de Futebol, Felipão chegou ao estádio no ônibus da delegação e conversou com os jogadores minutos antes de subirem ao gramado. De um camarote, se comunicou a todo momento com o fiel escudeiro Flávio Murtosa. E deu certo. O Palmeiras iniciou a partida em ritmo mais acelerado que o rival. Logo no primeiro minuto, Marcos Assunção cometeu dura falta sobre Neymar na intermediária, dando mostras de que o jovem craque não teria vida fácil.
Com o camisa 11 vigiado de perto e sem poder contar com Robinho, liberado por mais alguns dias por ter jogado a Copa do Mundo, e Paulo Henrique Ganso, no banco de reservas depois de operar o joelho direito, o Peixe foi uma presa fácil para a boa marcação feita pelo Verdão. Outra aposta da base, Alan Patrick pouco apareceu, enquanto André ficou preso entre os zagueiros.
Melhor para o Verdão, que apostou tudo na velocidade e nos toques rápidos do trio composto por Kleber, Lincoln e Ewerthon. Foi dos pés do último que os alviverdes abriram o placar com um golaço. Maranhão afastou mal uma bola alçada para a área, o atacante pegou o rebote e disparou uma bomba certeira no ângulo esquerdo do jovem goleiro Rafael.
Errando muito, o Santos não respondeu. André, aos 25, em cabeçada para fora, e Madson, aos 32, em chute prensado, tiveram as melhores chances. O Palmeiras poderia ter ampliado aos 35. Kleber ganhou de Edu Dracena na corrida pela esquerda e cruzou. Lincoln dividiu com um marcador, e Rafael defendeu com os pés. No rebote, Ewerthon apareceu na marca do pênalti, mas escorregou na hora da finalização e desperdiçou.
Estreante, Tinga faz o dele. Marcel desconta com golaço
 
Na etapa complementar, Dorival Júnior colocou Ganso na vaga de Madson, tentando melhorar a produção do Santos. Entretanto, foi o Palmeiras quem assustou, aos três minutos. Ewerthon recebeu passe de frente para Rafael, mas chutou em cima do goleiro. A resposta veio aos seis, com Maranhão batendo de longe. Deola fez bela defesa (assista ao lance no vídeo ao lado).
Murtosa e Felipão trataram de fechar ainda mais o Palmeiras com a entrada do estreante volante Tinga no lugar de Lincoln. Imediatamente, Dorival trocou tudo o que poderia, buscando aumentar o poder ofensivo, com Zé Eduardo na vaga de Alan Patrick e Marcel em substituição a Neymar. Que fez cara feia, deixando clara sua insatisfação com a substituição.
A estrela de Scolari brilhou aos 21. Tinga, que acabara de entrar, disparou pela direita e chutou rasteiro. Edu Dracena tentou cortar e acabou jogando a bola para dentro da própria meta, aumentando para 2 a 0 a vantagem.
Com o placar ainda mais desfavorável, e a chuva cada vez mais forte, o Santos teve problemas para reagir. Ganso nitidamente evitou jogadas mais bruscas, ainda com receio após a cirurgia. Com o meia produzindo pouco, Marcel foi o encarregado de descontar. Aos 38, Léo tirou de cabeça, o centroavante dominou na coxa e chutou forte, acertando o ângulo direito. A bola ainda tocou no travessão antes de entrar.
Nos minutos finais, o Santos foi com tudo para cima e quase empatou, aos 43. Após cruzamento para a área, Deola saiu mal, a bola desviou em Vitor e tocou no travessão. Sorte Felipão mostrou que ainda tem!
 
PALMEIRAS 2 X 1 SANTOS
Deola, Vitor, Léo, Danilo e Gabriel Silva; Edinho, Márcio Araújo, Marcos Assunção e Lincoln (Tinga); Ewerthon (Patrick) e Kleber (Tadeu).Rafael, Maranhão, Edu Dracena, Durval e Pará; Arouca, Wesley, Alan Patrick (Zé Eduardo) e Madson (Paulo Henrique Ganso); Neymar (Marcel) e André.
Técnico: Flávio Murtosa.Técnico: Dorival Júnior.
Gols:  Ewerthon, aos 12 minutos do primeiro tempo; Tinga, aos 21, e Marcel, aos 38 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Gabriel Silva, Edinho, Marcos Assunção (Palmeiras); Neymar, Pará, Paulo Henrique Ganso (Santos)
Local: Pacaembu, em São Paulo. Árbitro: Cléber Welington Abade (CBF-SP)Auxiliares: Ednilson Corona (SP) e Roberto Braatz (SP)

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