Depois de marcar o gol, já nos descontos, Cícero corre para comemorar, seguido por Victor Andrade
No Paulistão do ano passado, Cícero havia decidido contra o Ituano. A temporada mudou. O personagem não. O meia do Santos, de volta ao time após contusão, define a complicada – e importantíssima – vitória por 1 a 0, quando o Ituano foi muito melhor e esbarrou em Aranha e na falta de pontaria nas conclusões.
O Estadual já está na terceira rodada, mas o futebol do Santos ainda não apareceu. Tudo bem que os reforços também não, o que complica a vida do técnico Oswaldo de Oliveira, que vai contando com o que tem – em boa parte trata-se da meninada do Peixe. Para efeitos de classificação, o Santos é o vice no Grupo C do Paulistão, com sete pontos – o São Bernardo é o líder, com nove.
O Ituano deu bastante trabalho para Aranha no primeiro tempo. O goleiro santista fez, pelo menos, duas defesas fundamentais, na cobrança de falta de Anderson Salles e no forte arremate de Cristian. Fora o susto na cabeçada de Alemão, rente à trave direita.
Se não é um grande time, como a histórica
fama da cidade pede, o Ituano mostrou-se empolgado por atuar em casa – por sinal, a primeira vez na competição deste ano – e bem armado pelo técnico Doriva.
O time do Interior aproveitou-se principalmente das deficiências de marcação do lado canhoto do Peixe. É evidente -e não é novidade para ninguém – que Mena é bom ofensivamente e nunca é competente para desarmar. Só que a maioria das conclusões do Ituano conseguiram ser ainda piores em certas ocasiões, se é que podemos chamá-las assim.
Nas raras vezes em que chegou ao ataque, o Santos mostrou-se rápido na armação de seus lances, sempre com seus meias e atacantes caindo pelo lado esquerdo. Quando a equipe tomou a decisão de mudar, quase deu certo. Que o diga Geuvânio. Ao cortar o zagueiro, o atacante obrigou o goleiro Wagner a se esticar.
A propósito, o Peixe voltou até um pouquinho melhor, mas não demorou muito, no entanto, para que o jogo voltasse ao mesmo ritmo, com oportunidades mais perigosas para o Ituano. Se não era Aranha, era a trave ou Jubal – e, claro, a ausência de mira.
Outro problema santista, além da falta de variação nas jogadas, é que a bola dificilmente chegava aos atacantes para uma oportunidade clara. O que passa também pelo retorno de Cícero, após contusão.
Verdade seja dita que o meia aparecia. No primeiro tempo, por uma fração de segundo, não conseguiu chegar em tempo. Já na etapa final, o chute esbarrou na zaga do Ituano. Mas isso estava longe de ser suficiente para um jogador com a importância dele, o que se comprovou na última temporada. De qualquer forma foi o que mais apareceu.
O roteiro do filme de suspense indicava para que Cícero fosse decisivo. E acabou sendo. Já nos acréscimos, o meia cobrou falta por baixo da barreira e surpreendeu. O futebol ainda não veio. Mas Cícero voltou.
FICHA TÉCNICA:
ITUANO 0 X 1 SANTOS
ITUANO - Vágner; Dick, Alemão, Anderson Salles e Dener; Josa, Paulinho (Rafael Silva), Jackson e Cristian (Esquerdinha); Marcinho (Clayson) e Jean Carlos. Técnico - Doriva.
SANTOS - Aranha; Cicinho, Jubal, Neto e Mena; Arouca, Alan Santos (Leandrinho), Cícero e Geuvânio; Thiago Ribeiro e Gabriel (Victor Andrade). Técnico - Oswaldo de Oliveira.
GOL - Cícero, aos 45 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Marcelo Rogério.
CARTÕES AMARELOS - Jackson, Josa, Cristian, Mena, Aranha, Thiago Ribeiro, Alan Santos e Gabriel.
RENDA - R$ 90.730,00.
PÚBLICO - 2.527 pagantes.
LOCAL - Estádio Novelli Júnior, em Itu (SP).
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